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Movimento troca nome da ponte Costa e Silva por Marielle Franco

Grupo faz manifestação cobrando justiça pela morte da vereadora. Marielle e seu motoristas foram executados há dois anos, no Rio

atualizado

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Rafaela Felicciano/Metrópoles
ponte Costa e Silva com o nome de Marielle Franco
1 de 1 ponte Costa e Silva com o nome de Marielle Franco - Foto: Rafaela Felicciano/Metrópoles

Na madrugada desta sexta-feira (13/03), a placa da ponte Costa e Silva foi alvo intervenção e protesto. O Movimento de Mulheres Olga Benário “renomeou” o local. Os integrantes do grupo colaram um adesivo com nome de Marielle Franco, vereadora morta a tiros em março de 2018, no Rio de Janeiro. Porém, antes das 9h, a homenagem já havia sido retirada do local.

No atentado, o motorista dela, Anderson Gomes, também foi executado. Nas redes sociais, o movimento lembra que o dia 14 de março marca dois anos da execução dos dois. Os autores do crime vão a júri popular.

“Há dois anos, ocorreu o assassinato de Marielle Franco, vereadora do Rio de Janeiro pelo PSol. Mulher negra, lésbica, criada na favela da Maré, foi uma parlamentar incansável na defensa dos direitos humanos, denunciando a atuação das milícias no seu estado. Devido à sua atuação, foi executada de forma brutal, um ato que levou à morte também Anderson Gomes, motorista da mesma”, diz o texto.

A publicação ressalta que, até hoje, não se chegou aos mandantes do crime e critica o presidente Jair Bolsonaro (sem partido). “A falta de respostas denuncia o colapso da democracia no Brasil, um dos países que mais mata defensoras e defensores de direitos humanos”, completa o texto.

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#14M | DOIS ANOS DA EXECUÇÃO DE MARIELLE FRANCO Dia 14 de março: Dois anos da execução de Marielle Franco Há dois anos, ocorreu o assassinato de Marielle Franco, vereadora do Rio de Janeiro pelo PSOL. Mulher negra, lésbica, criada na favela da Maré, foi uma parlamentar incansável na defensa dos direitos humanos, denunciando a atuação das milícias no seu estado. Devido à sua atuação, foi executada de forma brutal, um ato que levou à morte também Anderson Gomes, motorista da mesma. Até hoje, não sabemos quem mandou matar Marielle: A falta de respostas denuncia o colapso da democracia no Brasil, um dos países que mais mata defensoras e defensores de direitos humanos. Os fatos demonstram que, embora não saibamos quem mandou matá-la, as últimas investigações apontam estreitas ligações com milicianos e destes, inclusive, com a família de Jair Bolsonaro, que ocupa a presidência da República. A morte de Adriano da Nóbrega, um dos líderes do chamado Escritório do Crime, grupo contratado para promover execuções, ocorreu no mesmo lugar; Bahia; e na mesma semana em que o filho do presidente, Eduardo Bolsonaro, estava no estado. Adriano é uma testemunha-chave do caso de Marielle. Sua execução é, por isso, clara demonstração de queima de arquivo, o que também precisa ser explicado. Esse crime político ameaça às liberdades democráticas encampadas pelo governo fascista de Bolsonaro, que prega a morte e a violência àqueles que lutam por sociedade justa, soberana e igualitária. Mas continuamos firmes na luta por justiça, pois ela tornou-se símbolo de resistência a todos os lutadores que enfrentam todos os dias contra a retirada de direitos, o genocídio da população negra, pelo fim do machismo, o racismo e a lgbtfobia. Neste dia 14 de março, o movimento de mulheres Olga Benario convoca todas às mulheres irem aos atos e marchamos juntas, em vida: Marielle Presente! #mariellepresente #mulheres #fascismo

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Outras mudanças

Em março de 2019, o grupo já havia alterado o nome da ponte para Marielle Franco, quando as mortes da vereadora e do motorista completaram um ano.

“É inadmissível que nossos monumentos públicos, ruas, praças e pontes ainda levem o nome de presidentes que restringiram nossa liberdade de expressão, cassaram direitos do povo, torturaram e assassinaram opositores, inclusive mulheres que jamais fugiram da luta”, disseram os movimentos, em nota à imprensa. Em julho do ano passado, o grupo voltou manifestar questionamentos sobre a morte de Marielle.

O nome da ponte já foi polêmica em outros momentos. Em 2015, ela foi batizada oficialmente como Honestino Guimarães, com a sanção de uma lei proposta pelo deputado distrital Ricardo Vale (PT). Honestino foi um líder estudantil morto em razão de atos de violência no início da década de 1970, durante a ditadura militar.

Porém, a alteração do nome da ponte foi considerada inconstitucional pelo Conselho Especial do Tribunal de Justiça do Distrito Federal e dos Territórios (TJDFT), em 6 de novembro de 2018. Assim, voltou a se chamar Costa e Silva. A determinação para a volta do nome original é resposta a uma ação civil pública movida pela deputada federal eleita Bia Kicis (PRP) e Cláudia Castro.

 

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