Motoristas são condenados após grave acidente durante racha no DF
Corrida na BR-070, em junho do ano passado, levou ao capotamento de carro em que estava uma família com 4 pessoas. Vítimas ficaram feridas
atualizado
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A Promotoria Criminal de Taguatinga obteve a condenação de dois homens que protagonizaram um “racha” automobilístico, com lesão corporal culposa no trânsito e evasão do local do acidente. Os réus Vasco Davi de Melo Júnior e Allan Carlos Nogueira Martins foram condenados, cada um, a três anos de reclusão e um ano e três meses de detenção, em regime inicial aberto, multa e suspensão da carteira de habilitação por cinco meses.
Em 7 de junho de 2020, por volta de 16h, na BR-070, altura da QNG, sentido Taguatinga-Águas Lindas, os dois motoristas realizavam uma competição de velocidade ilegal entre veículos. Vasco Davi estava com a habilitação suspensa e conduzia um Mercedes Benz/CLA250. Já Allan Carlos dirigia uma BMW/428I Cabriolet.
Além deles, havia um terceiro condutor, não identificado. Este participou do racha com um veículo da marca Audi.
Família ferida
Em meio à disputa, o carro de Vasco Davi colidiu violentamente contra a traseira de um outro veículo, um Fiat Palio, no qual estava uma família composta por um homem, uma mulher e as duas filhas. O carro da família capotou duas vezes e foi lançado de forma abrupta, parando no canteiro da via. Houve perda total do automóvel.
As vítimas foram socorridas pelo Corpo de Bombeiros. O homem que conduzia o Palio sofreu lesões graves, após ficar preso às ferragens, sendo necessário serrar parte do veículo para retirá-lo. Ele foi encaminhado ao Hospital Regional de Ceilândia (HRC), onde passou por duas cirurgias. As passageiras sofreram lesões leves.
Logo após o acidente, os réus fugiram do local sem prestar socorro às vítimas. Eles fizeram um retorno e jogaram garrafas de bebida alcoólica pela janela dos carros. Entretanto, testemunhas presenciaram o ocorrido e anotaram as placas de dois dos três carros que participavam do racha, o que possibilitou a identificação dos envolvidos.
Carro escondido
De acordo com a denúncia oferecida pelo Ministério Público do Distrito Federal e Territórios (MPDFT), depois do acidente, Vasco Davi escondeu o automóvel, danificado pela batida, em um endereço de Águas Claras.
Já instaurada a investigação policial, ele levou o veículo a uma oficina mecânica e mandou consertar o automóvel. Para o MP, ele teve “nítido propósito de induzir as autoridades em erro quando do conhecimento do fato”.