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Motoristas de app fazem carreata após morte de colega: “Pedimos paz”

Nesta quarta-feira, condutores do sistema de transporte por aplicativo protestaram contra a violência na profissão

atualizado

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Gustavo Moreno/ Especial Metrópoles
Protesto de motoristas de aplicativo
1 de 1 Protesto de motoristas de aplicativo - Foto: Gustavo Moreno/ Especial Metrópoles

Motoristas de aplicativo realizam carreata, na tarde desta quarta-feira (13/1), no Gama, opondo-se aos casos de violência que vêm se tornando frequentes contra a categoria. O protesto ocorre após a morte de Geraldo Íris Gontijo, 50 anos, motorista da empresa 99 Pop, encontrado no porta-malas do próprio carro, na manhã de terça-feira (12/1).

6 imagens
A carreata saiu do Estádio Bezerrão
Profissionais também cobram mais segurança
Ato ocorreu na manhã do dia 13 de janeiro
Luto pela morte do colega
O motorista de aplicativo do DF Geraldo Gontijo foi encontrado morto no porta-malas
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Motoristas de aplicativo protestaram contra a morte de Geraldo Íris Gontijo, no Gama

Gustavo Moreno/ Especial Metrópoles
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A carreata saiu do Estádio Bezerrão

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Profissionais também cobram mais segurança

Gustavo Moreno/ Especial Metrópoles
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Ato ocorreu na manhã do dia 13 de janeiro

Gustavo Moreno/ Especial Metrópoles
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Luto pela morte do colega

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O motorista de aplicativo do DF Geraldo Gontijo foi encontrado morto no porta-malas

Reprodução/Facebook

O grupo concentrou-se no Estádio Walmir Campelo Bezerra, o Bezerrão, às 13h, e iniciou a carreata por volta de 13h30. Dezenas de carros estavam pintados com dizeres como “luto” e “pedimos paz”. Bandeiras e balões pretos e brancos também foram usados para manifestar o luto pelo colega de trabalho.

O velório e o sepultamento de Geraldo estava previsto para ocorrer após a carreata, no Cemitério do Gama. Contudo, segundo o genro do motorista de aplicativo, que pediu para ser identificado apenas como Vidal, ainda não foi feita a identificação do corpo da vítima. “Então, remarcamos o enterro para amanhã (14/1), às 9h”, pontuou Vidal.

Veja vídeo do protesto:

De acordo com ele, a vítima tinha o costume de fazer corridas apenas durante a noite. “Como ele tem uma filha de 12 anos e um de 2, ele cuidava das crianças durante o dia e trabalhava à noite”, contou.

“Eu já trabalhei com aplicativo e sei a insegurança que os motoristas têm. Agora, pedimos às empresas que ajudem”, cobrou.

Vidal informou ainda que a empresa 99 Pop ainda não entrou em contato com a família – apesar de ter dito, em nota à imprensa, que prestaria apoio aos parentes do motorista. O Metrópoles procurou a 99 e aguardava retorno até a publicação desta reportagem. O espaço segue aberto para manifestações.

Agora, Vidal diz que a família espera que os responsáveis pelo homicídio sejam localizados e presos. “Queremos justiça, que eles sejam punidos para que isso não continue acontecendo”, ressaltou.

Medo de seguir na profissão

Para Manoel Scooby, líder do Movimento dos Motoristas, permanecer na profissão “está cada vez mais difícil”. “Ano passado, levamos todas as demandas do pessoal para a Câmara Legislativa do DF e ainda continuamos sem segurança. Precisamos que isso mude”, reclamou.

“Eu tenho quatro anos rodando e, hoje, minha esposa e meus filhos não querem que eu continue. No sábado passado (9/1) mesmo, eu fui assaltado no Sudoeste. O cara levou meu carro, celular e carteira. Depois, acharam o carro no Guará. E, como agora ele está na delegacia para perícia, eu tive que vir de carona”, lamentou.

Marcelo Chaves, presidente do Sindicato dos Motoristas por Aplicativo no DF (Sindmaap), reforça o pedido de Scooby.

“A gente está lutando para conseguir que saia do papel esse projeto de lei que passamos à Câmara. Estamos dependendo do poder público para a nossa segurança”, afirmou.

Apoio necessário

Em nota, a 99 informou que “lamenta profundamente a violência sofrida pelo motorista parceiro Geraldo Iris Gontijo. A empresa está disponível para colaborar com as investigações da polícia para que o caso seja esclarecido, e os responsáveis, punidos. Assim que tomamos conhecimento do crime, mobilizamos ainda uma equipe para acompanhar o caso, além de estar em contato com familiares de Geraldo para oferecer todo o apoio necessário.”

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