Motorista é condenado por atropelar e matar enfermeira em Ceilândia
Sérgio de Sousa estava bêbado, em alta velocidade e com faróis apagado quando atropelou Ane Leiros. O caso ocorreu em 2017, no P Sul
atualizado
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O Tribunal do Júri de Ceilândia condenou, nesta sexta-feira (21/10), Sérgio de Sousa pelo atropelamento e morte da enfermeira Ane Leiros Sarmento da Silva. A vítima atravessava uma faixa de pedestre, no P Sul, quando foi atingida pelo veículo em alta velocidade, do motorista embriagado. O caso ocorreu em 2017.
O homem foi condenado a seis anos de prisão, pelo crime de homicídio consumado, e seis meses de detenção, pela embriaguez ao volante, além de pena de multa.
Para o juiz presidente do júri, o caso é uma “verdadeira e infeliz neoplasia social”, uma vez que, segundo ele, “os delitos de trânsito parecem se intensificar dia a dia, ganhando contornos dramáticos na capital da República.
Na época, o caso se revelou gravíssimo, pois envolvia um motorista que dirigia alterado, após evento festivo. “Há relatos testemunhais e documentais atestando que a condução do veículo se fazia em alta velocidade, numa forte incompatibilidade com o que se exigia do motorista naquele momento”, afirmou o juiz.
O réu poderá recorrer em liberdade e deverá cumprir a pena de reclusão em regime inicial semiaberto e a de detenção em regime inicial aberto.
Relembre o caso
A enfermeira Ane Leiros Sarmento da Silva foi atingida por um VW Gol prata conduzido por Sérgio de Sousa, que não se feriu, por volta das 4h40, no dia 15 de novembro de 2017. A vítima perdeu a vida no local. As investigações apontaram que o homem também dirigia em alta velocidade e com os faróis apagados quando atropelou a vítima que atravessava a faixa de pedestres.
Em depoimento, o condutor disse que o acidente foi “uma fatalidade”. Confirmou que havia ingerido três latas de cerveja durante uma festa em Vicente Pires. Contou que deixou a namorada em casa, no condomínio Pôr do Sol, e estava indo para a sua residência, em Taguatinga, quando o acidente ocorreu.
Sérgio afirmou não ter visto a vítima nem a faixa de pedestres e que não havia mais ninguém no carro no momento do atropelamento. Disse ainda que, após o fato, perdeu os sentidos e só acordou quando estava dentro da viatura da polícia.
Após a colisão, a vítima foi arremessada a mais de 50 metros de onde estava.