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Motorista de Uber do DF faz sucesso com carro cheio de mimos

Genilson Francisco, 40 anos, oferece itens como água, café, biscoitos, doces, hidratante e até maquiagem

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Motorista de Uber do DF faz sucesso com carro cheio de mimos
1 de 1 Motorista de Uber do DF faz sucesso com carro cheio de mimos - Foto: Michael Melo/Metrópoles

Água, café, biscoitos, doces, hidratante e até maquiagem, tudo gratuito e ao alcance das mãos dos passageiros. Parece um cardápio que só poderia ser encontrado em transportes de luxo. Todos esses itens, no entanto, estão disponíveis no Renault Logan de Genilson Francisco, 40 anos, que trabalha como motorista de Uber em Brasília. A grande quantidade de agrados disponíveis durante as corridas tem impressionado passageiros e, na última semana, viralizou na internet.

“É uma coisa minha, fico feliz em agradar os clientes. E penso que se fosse o contrário, também gostaria de ser tratado desse jeito. Meu prazer é ver a satisfação das pessoas”, afirma Genilson. O motorista, que trabalha com a Uber há cerca de cinco meses, iniciou as atividades para complementar a renda mensal.

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Biscoitos, amendoim, café, chás e sucos fazem parte das opções disponíveis aos usuários
O conforto dos passageiros é uma das principais preocupações de Genilson
Para os que vão à balada, itens de higiene e maquiagem compõem o kit urgência
Passageiros podem aproveitar o percurso para retocar a produção
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Genilson Francisco, o palhaço Psiu, atua também como motorista de aplicativo

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Biscoitos, amendoim, café, chás e sucos fazem parte das opções disponíveis aos usuários

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O conforto dos passageiros é uma das principais preocupações de Genilson

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Para os que vão à balada, itens de higiene e maquiagem compõem o kit urgência

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Passageiros podem aproveitar o percurso para retocar a produção

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"Meu prazer é ver a satisfação das pessoas", afirma o motorista

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Atualmente, Genilson roda das 6h às 20h e faz cerca de 40 viagens por dia

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Fora do carro, ele é o palhaço Psiu, figura carimbada há 20 anos no Distrito Federal e conhecida pela difícil história de vida. Quando era criança, Genilson e os quatro irmãos foram abandonados pelos pais e criados em um orfanato em Planaltina. Já adulto, ele decidiu seguir com a carreira de palhaço e adotou o apelido que o irmão mais velho o deu. Há quase uma década, também realiza uma famosa campanha de natal que arrecada brinquedos para crianças carentes.

Mesmo com toda essa bagagem, Genilson se viu em uma situação difícil quando a crise econômica bateu. O número de apresentações que ele faz nos finais de semana caiu, e o palhaço Psiu precisou encontrar uma saída para conseguir pagar as contas.

A Uber, então, surgiu como uma alternativa. Mas, com o espírito criativo que tem, Genilson decidiu inovar. “Logo quando comecei, tive a ideia de providenciar esses itens para os clientes. Às vezes, você pega um passageiro que está chateado, com algum problema. Quando ele se depara com aquilo tudo no Uber, fica muito satisfeito. Até a fisionomia muda. Gosto de pensar que melhorei o dia da pessoa”, afirma.

Desde então, Genilson tem rodado de segunda a sexta, das 6h às 20h, e, atualmente, faz cerca de 40 viagens por dia. Costuma trabalhar em Taguatinga, após perceber uma carência de motoristas de Uber na cidade e possui nota 4,9 no aplicativo. Na parte de trás do banco do passageiro, também ficam disponíveis itens como álcool em gel e curativos. O café está sempre quente e o cliente pode decidir se prefere tomar com adoçante, açúcar ou puro.

Apesar da grande quantidade de itens à disposição do passageiro, Genilson explica que não leva prejuízo. “Muitas pessoas ficam tão satisfeitas que deixam boas gorjetas. Uma vez levei uma advogada que estava atrasada para uma reunião e morrendo de fome. Ela conseguiu lanchar com as coisas que estavam no carro e agradeceu muito. Depois, me deu uma gorjeta de R$ 50”, diz.

Mesmo com o benefício financeiro, Genilson afirma que não agrada os clientes apenas pelo dinheiro: “Para mim, é uma terapia. No Uber, você consegue ajudar até pessoas que não conhece. Já levei em uma corrida uma mulher que estava chorando. No caminho, contei um pouco da minha história de vida e ela ficou mais otimista. Até pediu para me dar um abraço no final. Poder ajudar e passar alguma coisa para as pessoas é a minha maior satisfação”, finaliza.

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