Motorista de ônibus e pai se tornam réus por acidente na BR-070
A Justiça aceitou a denúncia contra Felipe Alexandre Gonçalves Henriques e o pai dele, Alexandre Henriques Camelo, pelo acidente na BR-070
atualizado
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O Tribunal de Justiça do Distrito Federal e Territórios (TJDFT) aceitou, nesta sexta-feira (1º/12), a denúncia contra o motorista do ônibus que tombou na BR-070 e o pai dele, dono da empresa de transporte de turismo responsável pelo veículo.
O ônibus capotou na rodovia, matou cinco pessoas e deixou 15 feridos em 21 de outubro deste ano. Felipe Alexandre Gonçalves Henriques e o pai, Alexandre Henriques Camelo, estão presos desde 22 de outubro. O MP os denunciou por tentativa de homicídio e homicídio com dolo eventual em 23 de novembro.
Também nesta sexta, a Justiça decidiu manter a prisão preventiva dos dois.
Segundo os depoimentos de testemunhas no dia do acidente, Felipe Alexandre dirigiu o ônibus até a altura de Ceilândia, quando o pai, informado da abordagem da Agência Nacional de Transportes Terrestres (ANTT) no posto da Polícia Rodoviária Federal (PRF), foi ao encontro do filho.
O veículo atuava de forma clandestina e fazia o trajeto Maranhão-Brasília. O motorista foi abordado por fiscais da ANTT no posto da Polícia Rodoviária Federal (PRF) da BR-070, pouco depois de Águas Lindas de Goiás, onde passou por vistoria. Na ocasião, ficou constatado que se tratava de transporte pirata.
Os fiscais da ANTT, que já estavam acompanhando o ônibus, iniciaram a escolta do veículo até o terminal rodoviário mais próximo. O combinado seria que o motorista deixasse os passageiros na Rodoviária de Taguatinga e que providenciasse transporte regular para que todos seguissem viagem até os respectivos destinos.
Momentos antes do acidente, o motorista acelerou o ônibus, na intenção de fugir dos fiscais da agência reguladora. Com a pista molhada pela chuva e pneus carecas, o condutor perdeu o controle. O ônibus derrapou e tombou, logo em seguida, matando cinco pessoas.