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Motorista de BMW acelerou após ouvir tiros de PMs, alega defesa

Advogados de Raimundo Cleofás Alves afirmam não haver motivo para a prisão dele e negaram que motorista tenha ingerido bebida alcoólica

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Foto colorida de homem com boné e óculos dirigindo um carro
1 de 1 Foto colorida de homem com boné e óculos dirigindo um carro - Foto: Reprodução

A defesa do empresário Raimundo Cleofás Alves Aristides Júnior (foto em destaque), 41 anos, preso após fugir de uma blitz bêbado, em uma BMW, e atropelar um policial militar, afirma que o motorista não fugiu da blitz. Os advogados argumentam que o condutor só acelerou após ouvir sons de tiros disparados pelos PMs que faziam a fiscalização, no Eixo Monumental, área central de Brasília.

No momento em Raimundo passou do bloqueio policial, os militares dispararam contra o automóvel e acertaram Islan da Cruz Nogueira, 24, que morreu antes de ser levado ao hospital. A vítima estava no banco do carona da BMW.

“[Islan] morreu gritando pelo nome dele [Raimundo]. Ele [o motorista] tirou o pé do acelerador, e o carro, por si só, começou a andar. A partir do momento em que Raimundo ouviu os disparos, ele acelerou, por desespero”, alegou o advogado Wilibrando Albuquerque.

A defesa acrescentou que Raimundo usa medicamento controlado e que não consumiu bebida alcoólica na noite de sábado (28/10), quando foi preso após o ocorrido. Apesar disso, os advogados não contestaram o resultado do exame feito no Instituto de Medicina Legal (IML), que constatou a alcoolemia do motorista.

Os dois eram amigos e se encontraram em um restaurante antes do ocorrido. “Nó sábado [28/10], Islan ligou e pediu R$ 500 [ao motorista]. Por algum motivo, Raimundo não conseguiu transferir por Pix, e ele [o empresário] foi até lá para emprestar esse dinheiro. No local, ele consumiu apenas uma água com gás”, completou o advogado.

Sobre a prisão

A defesa não concordou com a prisão preventiva de Raimundo e entrou com habeas corpus para pedir a liberação dele. “Ele não atenta contra a ordem pública. E, se atentou, foi dirigindo um veículo. Então, que seja suspenso o direito de dirigir dele”, argumentou Wilibrando.

“A defesa entende que o cliente acelerou pata tentar salvar a própria vida. Não estamos dizendo que o nosso cliente está correto, mas não é aceitável que a PM metralhe o carro”, destacou Walisson Reis, também advogado de defesa do motorista.

Os policiais teriam atirado contra o automóvel depois de Ricardo furar a blitz e atropelar um policial militar. O PM atingido pelo carro disparou, inclusive, enquanto ainda estava no chão. Um dos tiros acertou Islan na cabeça.

Fontes da área de segurança pública informaram ao Metrópoles que a BMW tinha 15 multas em aberto registradas no Departamento de Trânsito (Detran-DF) e que os débitos somavam R$ 2 mil. Apesar de o carro não estar em nome de Raimundo, pertencia a ele, segundo apurado pela reportagem.

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