Motorista de app que imprensou e matou passageiro no DF ficará preso
O condutor acusado pela Justiça não desacelerou até perceber que havia esmagado a vítima contra a parede de um quiosque, em Ceilândia
atualizado
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O juiz do Tribunal do Júri de Ceilândia manteve a prisão preventiva de Walisson Ferreira da Silva, motorista de aplicativo acusado de atropelar e matar Francisco Bruno Sampaio (foto em destaque) após discussão em novembro do ano passado. O réu responde pelo crime de homicídio qualificado.
A análise da necessidade de manutenção da detenção foi feita pelo magistrado com base no artigo 316 do Código de Processo Penal. O dispotivo confere ao juiz poder, de ofício ou a pedido das partes, revogar ou manter a prisão preventiva. A revisão deve ser feita a cada 90 dias sob pena de torná-la ilegal.
No caso dos autos, o magistrado explicou não ter havido alteração fático-jurídica que justifique a revogação da prisão cautelar do acusado. Além disso, de acordo com o juiz, os requisitos e os fundamentos que nortearam a decretação da prisão preventiva, incluindo a garantia da ordem pública, seguem presentes.
O julgador lembrou que o delito teria ocorrido por motivação supostamente fútil, uma vez que o desentendimento começou pelo fato de a vítima portar, no interior do veículo, um copo contendo bebida alcoólica. O réu ainda dificultou a defesa da vítima. “Pelo que dos autos consta, o acusado, motorista de aplicativo, teria atropelado a vítima e, em seguida, ainda se utilizando de seu veículo, teria a imprensado contra um quiosque, cujos variados ferimentos ocasionaram sua morte”, destacou
O caso
Francisco Bruno estava com sua companheira, Gisele Silva Dias, quando o crime ocorreu. Eles estavam casados havia oito anos e tinham um filho de 5. O casal seguia para um bar quando resolveu chamar o motorista pelo aplicativo. Dentro do veículo, no entanto, houve uma discussão sobre o transporte de bebida alcoólica. O condutor encerrou a corrida antes de chegar ao destino. Irritado, ele acelerou e jogou o carro contra a vítima, que ainda conseguiu desviar e atirar um copo de bebida contra o carro.
O motorista voltou a acelerar para cima de Francisco e o imprensou entre o parachoque do carro e a parede do quiosque. O autor teria acelerado até perceber que a vítima havia desfalecido e não esboçava mais reação. A companheira da vítima começou a gritar por ajuda, até que equipes do Corpo de Bombeiros chegaram ao local. No entanto, Francisco estava morto.