Motorista de app do DF é encontrado morto em porta-malas do próprio carro
A morte de Geraldo Iris Gontijo, 50 anos, é investigada pela Polícia Civil do Distrito Federal
atualizado
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A Polícia Civil do Distrito Federal (PCDF) investiga o caso de um motorista de aplicativo encontrado morto, na manhã desta terça-feira (12/1), no porta-malas do próprio carro, no pátio do Hospital Regional de Santa Maria (HRSM). A vítima é Geraldo Iris Gontijo, 50 anos, morador do Gama.
Conforme a PCDF, uma equipe da Polícia Militar foi acionada para atender uma ocorrência de “localização de cadáver” na unidade de saúde, por volta de 8h50. No local, dois homens disseram aos militares que, horas antes, encontraram uma outra vítima de arma de fogo dentro de um carro, em um setor de chácaras de Valparaíso (GO). A vítima, um homem de 31 anos, estava no banco traseiro do Volkswagen Up, ainda com vida.
Segundo as testemunhas, após encontrarem a pessoa baleada, ambas a levaram ao hospital. Contudo, ao chegarem no HRSM, eles descobriram que havia outro homem dentro do veículo e acionaram a PMDF. Geraldo estava no porta-malas, mas já sem vida.
Ainda conforme o boletim de ocorrência da PCDF, diante do ocorrido, a polícia militar conduziu as testemunhas até o Centro Integrado de Operações de Segurança (CIOPS) de Valparaíso, onde supostamente o crime teria ocorrido. De lá, o caso foi transferido para 33ª Delegacia de Polícia (Santa Maria).
De acordo com o genro de Geraldo, que apenas se identificou como Vidal, o motorista de aplicativo atuava pela empresa 99 Pop. “Sabemos que ele recebeu um chamado para uma corrida no condomínio Porto Rico, em Santa Maria, por volta de 1h. Mas, aí, uns caras entraram no carro, anunciaram o assalto e deram um tiro na nuca dele”, narra.
“Colocaram meu sogro dentro do porta-malas e foram até Valparaíso, onde pegaram um desafeto e deram uns tiros nele. Pela manhã, um homem ouviu o rapaz gemendo de dor dentro do carro, no Setor de Chácaras Anhanguera, e o levou para o hospital. Quando a polícia foi revistar o carro lá no hospital, meu sogro estava morto no porta-malas. Infelizmente, deixou quatro filhos”, lamenta o genro.
O que diz a empresa
Em nota, a empresa 99 se solidarizou com a morte do colaborador e diz que contrubuirá com as investigações da polícia.
Veja o comunicado na íntegra:
“A 99 lamenta profundamente a morte de Geraldo Iris Gontijo e apura se o crime ocorreu durante corrida pelo aplicativo. Nos solidarizamos com a dor dos familiares e estamos buscando contato com eles para oferecer o suporte necessário. A plataforma se coloca à disposição da polícia para compartilhar informações que possam ajudar a esclarecer os fatos e a punir os responsáveis. A segurança é uma prioridade para a 99. Por isso, o aplicativo investe continuamente em segurança antes, durante e depois das corridas. Como formas de prevenção antes das chamadas, a companhia mostra aos motoristas informações sobre o destino final, a nota do passageiro e se ele é frequente — além de exigir que todos os passageiros incluam CPF ou cartão de crédito. Durante o trajeto, ferramentas como câmeras de segurança, gravação de áudio, monitoramento da corrida via GPS, compartilhamento de rotas com parentes e amigos e um botão para ligar direto para a polícia estão disponíveis. Depois das viagens, uma central telefônica 24h para emergências oferece apoio imediato em caso de necessidade”