Motorista bêbada que matou ciclista é condenada a regime semiaberto
Luzia Ferreira de Assis, 24, deve cumprir 6 anos e meio de prisão. Ela está proibida de dirigir no período, mas poderá recorrer em liberdade
atualizado
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A motorista Luzia Ferreira de Assis, 24 anos, foi condenada, nesta terça-feira (3/8), a 6 anos e 6 meses de prisão em regime inicial semiaberto pelo atropelamento e morte do ciclista Jailson Barbosa de Oliveira, 34, em janeiro de 2020. Ela também não poderá dirigir enquanto cumpre a pena.
A mulher foi considerada culpada em cometer crime de homicídio simples, sem qualificadoras, e por “conduzir veículo automotor com capacidade psicomotora alterada em razão da influência de álcool ou de outra substância psicoativa que determine dependência”. À época, ela admitiu estar sob influência de bebida alcóolica e cocaína.
Foi levado em consideração, no entanto, que a autora do crime não possui passagens anteriores além de não haver notícia de má conduta dela na sociedade. Ela poderá recorrer em liberdade da decisão.
O acidente
Jailson seguia para o trabalho pela ciclovia da DF-459 quando foi atropelado. O homem trafegava na via, em direção a Ceilândia, e Luzia dirigia seu carro no sentido contrário. O ciclista foi atingido de frente e ficou bastante machucado. Levado pelo Serviço de Atendimento Móvel de Urgência (Samu) para o Hospital Regional de Ceilândia (HRC), ele morreu na manhã de 27 de janeiro.
Jailson morava em Brasília havia mais de 15 anos. Pai de uma garotinha de 2 anos, era panificador da Rede Potiguar.
No momento em que foi atropelado, ele seguia para o serviço, em Ceilândia. “Ele trabalhava muito. Era pela filha dele. Falava que precisava defender o pão de cada dia”, contou, à época, a irmã ao Metrópoles.
Segundo Núbia, fazia algum tempo que o irmão caçula havia optado por sair todos os dias de Samambaia para Ceilândia de bicicleta. A preocupação com a saúde era o motivo. “Ele dizia que estava meio acima do peso, então ia unir o útil ao agradável. Vendeu o carro e passou a pedalar todos os dias”, lembra.
A bicicleta, no entanto, era sinônimo de preocupação para Núbia na maior parte do tempo. “Quando chovia, eu sempre mandava mensagem pedindo para ele tomar cuidado com os carros e também para não pegar uma gripe”, completa a irmã.