1 de 1 Imagem mostra mosquito aedes aegypti, que transmite várias doenças, como a dengue, em uma superfície marrom - Metrópoles
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De acordo com a Secretaria de Saúde do Distrito Federal (SES-DF), os primeiros 45 dias deste ano registraram 23 mortes por dengue. O número é superior ao quantitativo de óbitos pela doença dos últimos dois anos. Foram contabilizadas 9 mortes em todo ano passado, e 13 em 2022. Os dados o último boletim epidemiológico de cada período.
Das 23 vítimas da doença na capital federal neste ano, 13 são homens, e 10, mulheres. A maior incidência ocorre entre pessoas com 80 anos ou mais – grupo que teve cinco mortes confirmadas (21,7% do total).
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A dengue é uma doença infecciosa transmitida pela picada do mosquito Aedes aegypti. Com maior incidência no verão, tem como principais sintomas: dores no corpo e febre alta. Considerada um grave problema de saúde pública no Brasil, a doença pode levar o paciente à morte
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O Aedes aegypti apresenta hábitos diurnos, pode ser encontrado em áreas urbanas e necessita de água parada para permitir que as larvas se desenvolvam e se tornem adultas, após a eclosão dos ovos, dentro de 10 dias
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A infecção dos humanos acontece apenas com a picada do mosquito fêmea. O Aedes aegypti transmite o vírus pela saliva ao se alimentar do sangue, necessário para que os ovos sejam produzidos
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No geral, a dengue apresenta quatro sorotipos. Isso significa que uma única pessoa pode ser infectada por cada um desses
micro-organismos e gerar imunidade permanente para cada um deles -- ou seja, é possível ser infectado até quatro vezes
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Os primeiros sinais, geralmente, não são específicos. Eles surgem cerca de três dias após a picada do mosquito e podem incluir: febre alta, que geralmente dura de 2 a 7 dias, dor de cabeça, dores no corpo e nas articulações, fraqueza, dor atrás dos olhos, erupções cutâneas, náuseas e vômitos
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No período de diminuição ou desaparecimento da febre, a maioria dos casos evolui para a recuperação e cura da doença. No entanto, alguns pacientes podem apresentar sintomas mais graves, que incluem hemorragia e podem levar à morte
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Nos quadros graves, os sintomas são: vômitos persistentes, dor abdominal intensa e contínua, ou dor quando o abdômen é tocado, perda de sensibilidade e movimentos, urina com sangue, sangramento de mucosas, tontura e queda de pressão, aumento do fígado e dos glóbulos vermelhos ou hemácias no sangue
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Nestes casos, os sintomas resultam em choque, que acontece quando um volume crítico de plasma sanguíneo é perdido. Os sinais desse estado são pele pegajosa, pulso rápido e fraco, agitação e diminuição da pressão
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Alguns pacientes podem ainda apresentar manifestações neurológicas, como convulsões e irritabilidade. O choque tem duração curta, e pode levar ao óbito entre 12 e 24 horas, ou à recuperação rápida, após terapia antichoque apropriada
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Apesar da gravidade, a dengue pode ser tratada com analgésicos e antitérmicos, sob orientação médica, tais como paracetamol ou dipirona para aliviar os sintomas
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Para completar o tratamento, é recomendado repouso e ingestão de líquidos. Já no caso de dengue hemorrágica, a terapia deve ser feita no hospital, com o uso de medicamentos e, se necessário, transfusão de plaquetas
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O DF registrou, além disso, 67.897 casos prováveis de dengue, dos quais 66.361 (97,7%) ocorreram entre moradores da capital do país. Em relação ao mesmo período do ano passado, as notificações aumentaram 1.303,9%.
As regiões de Ceilândia, de Taguatinga, do Sol Nascente/Pôr do Sol, de Brazlândia e de Samambaia concentram o maior número de casos prováveis da dengue no Distrito Federal, segundo dados da Secretaria de Saúde.
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Em 2024, Ceilândia figura em primeiro lugar, com 12.983 casos prováveis da doença. Bem atrás de Ceilândia, mas em segundo lugar no ranking das regiões administrativas com mais notificações de dengue, está Taguatinga, que registrou 3.772 casos prováveis.