Mortes por Covid no primeiro trimestre de 2022 caem 78% no DF
na visão de especialista, a chance de ter contato com alguém com coronavírus no DF atualmente é “estatisticamente muito baixa”
atualizado
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Transmissão, casos diários e mortes. Após dois anos de convívio com a Covid-19, a população aprendeu a interpretar os indicadores usados por especialistas para medir o avanço do coronavírus. No momento, os números parecem mostrar um arrefecimento da pandemia.
Um indicativo de melhora é a queda na quantidade de óbitos causados pela doença no comparativo dos primeiros meses de 2022 com o mesmo período do ano anterior: a queda chega a 78%. Em janeiro, fevereiro e março de 2021, perderam a vida para o coronavírus 324, 309 e 1.420 pessoas, respectivamente.
A situação é completamente diferente neste ano, quando morreram em decorrência da doença 91, 260 e 92 em janeiro, fevereiro e março, respectivamente. Agora, no começo de abril, até os casos ativos da doença apresentam queda.
Para o pesquisador do Centro Universitário Iesb e doutor em administração e pós-doutor pela Universidade de Brasília (UnB) em ciência do comportamento, Breno Adaid, as chances de se pegar Covid no momento são baixas.
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“Os casos realmente estão baixos. A chance de encontrar um caso na população, estatisticamente falando, é muito baixo. Meu medo é caso apareça uma nova onda, com a população já habituada a esse cenário e ninguém mais se proteja”, ponderou o pesquisador.
No início deste ano, no entanto, a capital registrou o maior número de casos ativos até então, o que explica o maior numero de mortes em fevereiro (260), comparados com janeiro (91) e março (92) de 2022. No primeiro mês deste ano, Brasília registrou 110,7 mil casos de Covid, em fevereiro, 55,3 mil e, em março, 4,2 mil.
“Imagina o seguinte: a pessoa contrai Covid, manifesta os sintomas, piora de saúde, vai procurar ajuda, é intubada e, por fim, morre. Todo esse percurso, até chegar no boletim da Secretaria de Saúde demora entre 3 e 4 semanas”, explica Breno.
Como o número de casos em janeiro foi muito maior do que em fevereiro e março, as mortes causadas pelo aumento de pessoas com a doença apareceram apenas no mês seguinte.
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