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Mortes de pessoas entre 18 e 50 anos por Covid mais que dobram no DF

Segundo a Secretaria de Saúde, desde o começo da pandemia, a doença matou, pelo menos, 619 jovens e adultos com 50 anos ou menos na capital

atualizado

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1 de 1 Profissional de saúde - Foto: Hugo Barreto/Metrópoles

O número de jovens e adultos mortos pelo novo coronavírus mais do que dobrou no Distrito Federal. Segundo a Secretaria de Saúde, em novembro de 2020, o vírus matou 19 pessoas entre 18 e 50 anos. A partir de então, os óbitos passaram a aumentar mensalmente. Só nos primeiros 17 dias de março deste ano, por exemplo, a Covid-19 tirou a vida de 46 homens e mulheres nesta faixa etária.

Percentualmente, o número de óbitos de pessoas de 18 a 50 anos teve crescimento de 142,10% entre novembro de 2020 e março de 2021. No começo da pandemia, em abril de 2020, a Covid-19 tinha ceifado a vida de três jovens e adultos neste grupo etário. Em julho, saltou para 145, sendo o mês mais letal para esse recorte.

Entre agosto e novembro, as mortes caíram, voltando a registrar incremento nos meses seguintes, coincidindo com o período do relaxamento das medidas sanitárias de segurança, das celebrações de fim de ano, de aglomerações nas ruas, do crescimento das festas clandestinas, da chegada das novas variantes mais agressivas da Covid-19 e, consequentemente, do colapso do sistema de Saúde do DF.

No total, até o momento do levantamento (17/3), em plena curva de ascensão, a doença matou 619 mulheres e homens com idades entre 18 e 50 anos na capital brasileira. Veja os números:

Tabela

Segundo a Secretaria de Saúde, na quarta-feira (16/3), 152 pacientes dentro dessa faixa etária dependiam Unidade de Terapia Intensiva (UTI) para tratar o novo coronavírus e sobreviver. Número bem acima dos pacientes internados em UTIs Covid com outras idades.

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A máscara é um item básico de prevenção, mesmo assim é ignorada por uma parcela da população
Com o avanço da pandemia, cresce a sobrecarga no sistema de Saúde
A rede de saúde sofre com falta e leitos, especialmente de UTI
Sem leitos disponíveis, pacientes recorrem na Justiça por socorro, mas mesmo com liminares não conseguem internação
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Mesmo diante da escalada da pandemia, parte da população continua a participar de aglomerações

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A máscara é um item básico de prevenção, mesmo assim é ignorada por uma parcela da população

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Com o avanço da pandemia, cresce a sobrecarga no sistema de Saúde

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A rede de saúde sofre com falta e leitos, especialmente de UTI

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Sem leitos disponíveis, pacientes recorrem na Justiça por socorro, mas mesmo com liminares não conseguem internação

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Idosos

Desde o começo da pandemia, os idosos têm sido as principais vítimas. Mas com o início da vacinação, o número de óbitos dos octogenários está em queda. Segundo a pasta da Saúde, em janeiro de 2021, último mês sem imunização, foram 101 mortes. Em fevereiro, o número caiu para 77. Entre 1º e 9 de março, a secretaria registrou 22 perdas.

Restrições prorrogadas

Na sexta-feira (19/3), o governador Ibaneis Rocha (MDB) decidiu prorrogar por uma semana o período de lockdown parcial e toque de recolher no DF. As restrições seguiriam até segunda-feira (22/3). Agora, vão até 29 de março.

Segundo Ibaneis, se a taxa de transmissão do novo coronavírus estiver controlada, o governo poderá começar a flexibilização gradual das atividades. Mas, neste sentido, será necessário o apoio da população, evitando aglomerações, mantendo o distanciamento social, o máximo possível, usando máscara e álcool em gel.

No mesmo dia, segundo o próprio governo, a taxa de transmissibilidade voltou a aumentar, chegando a 1,01. Isso indica que a cada 100 pessoas infectadas, outras 101 estão expostas. Ou seja, a doença está avançando entre a população. Segundo especialistas, a taxa precisa estar abaixo de 1.

 

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