metropoles.com

Morte misteriosa de PM em hospital do DF completa 1 ano sem explicação

Nádia Lima, 42, morreu após um procedimento que durou minutos em um hospital particular do DF. Um ano depois, o caso segue sem explicação

atualizado

Compartilhar notícia

Google News - Metrópoles
Material cedido ao Metrópoles
Subtenente Nadia
1 de 1 Subtenente Nadia - Foto: Material cedido ao Metrópoles

“A minha irmã foi sacrificada”, disse a pedagoga Nazaré Mesquita, 45 anos, em entrevista ao Metrópoles. Segundo ela, a falta de respostas sobre as circunstâncias que causaram a morte da subtenente da Polícia Militar (PMDF) Nádia Lucia Lima (foto em destaque), aos 42 anos, há exato 1 ano, tem causado “muita dor e angústia a toda a família” da militar. O óbito da PM ocorreu no fim de março de 2022, após uma cirurgia.

Em um vídeo enviado à reportagem, Nazaré conta que a irmã foi submetida a uma traquelectomia, em um hospital privado no Lago Sul. Durante o procedimento, que durou cerca de alguns minutos, “uma série de erros médicos aconteceram e acabaram provocando a morte” da subtenente. Desde então, a família tem enfrentando uma verdadeira batalha na Justiça, para exigir resposta das autoridades pelo o que aconteceu com Nádia.

Confira o depoimento:

5 imagens
Após concluir o Curso de Formação de Soldados (CFSD 1999), Nádia trabalhou no Batalhão de Operações Especiais.
Serviu no Patamo e também trabalhou na 20ª CPMind, 16ª CPMind e Batalhão Judiciário
Antes de morrer, trabalhava no Colégio Militar Tiradentes (CMT)
Ela deixa dois filhos, marido, pais e irmãos
1 de 5

A subtenente ingressou na PMDF em 1999

Material cedido ao Metrópoles
2 de 5

Após concluir o Curso de Formação de Soldados (CFSD 1999), Nádia trabalhou no Batalhão de Operações Especiais.

Material cedido ao Metrópoles
3 de 5

Serviu no Patamo e também trabalhou na 20ª CPMind, 16ª CPMind e Batalhão Judiciário

Material cedido ao Metrópoles
4 de 5

Antes de morrer, trabalhava no Colégio Militar Tiradentes (CMT)

Material cedido ao Metrópoles
5 de 5

Ela deixa dois filhos, marido, pais e irmãos

Material cedido ao Metrópoles

A subtenente ingressou na PMDF em 1999. Após concluir o Curso de Formação de Soldados (CFSD 1999), Nádia trabalhou no Batalhão de Operações Especiais. Serviu no Patamo e também trabalhou nas 16ª e 20ª CPMind, além do Batalhão Judiciário. Antes de morrer, Nádia atuava no Colégio Militar Tiradentes (CMT).

“Sucessões de erros”

Segundo a irmã, Nádia morreu após duas paradas cardíacas. “A médica que a operou saiu do hospital logo após o procedimento para atender em outra unidade de saúde. Minha irmã, então, ficou com o anestesista, uma equipe de enfermagem e quatro estagiários”, explicou.

“Ao ser transferida para a sala de recuperação, sofreu duas paradas. Segundo o depoimento das pessoas que estavam no local, os anestesistas não conseguiram chegar a um consenso sobre o que teria causado o problema. Nesse meio tempo, a intubaram, extubaram e intubaram novamente”, contou.

De repente, conforme relembra a pedagoga, Nádia foi transferida para a unidade de terapia intensiva (UTI) do próprio hospital, por decisão dos médicos. No dia seguinte, a família foi informada que a subtenente teria tido morte cerebral.

“Ficamos sem chão. Foi desesperador. Conversamos com um médico da família, que encaminhou-se ao local, analisou os exames da minha irmã e escreveu uma declaração informando que não estavam realizando a troca efetiva de oxigenação da Nádia. Segundo ele, durante a intubação, ela sofreu edema na glote, o que impediu a passagem de ar para o pulmão. Fora os diversos outros erros que tiraram a vida da minha irmã”, pontuou.

À reportagem Nazaré disse, ainda, que o depoimento da equipe médica à polícia foi, “há todo momento, contraditório”, e que os profissionais de saúde “não incluíram no prontuário da paciente” algumas informações. Eles teriam revelado detalhes apenas no inquérito. Para a pedagoga, o que resta, agora, é continuar exigindo que os órgãos “cumpram seus papeis” para que “os responsáveis pela morte da militar não saiam impunes”.

Para assistir o depoimento completo de Nazaré, clique aqui.

Ao Metrópoles a Polícia Civil do Distrito Federal (PCDF) informou que a investigação sobre a morte da militar é “complexa e ainda não foi finalizada”. “O cadáver da sra. Nádia não foi encaminhado para o IML/DF para exame necroscópico, tendo a ‘morte encefálica em decorrência de encefalopatia anoxia causada por choque’ atestada por Dr Renan da S. Segheto”, disse a corporação em nota.

“Após o recebimento da notícia da morte, bem como a suspeita apresentada pela família, solicitamos a confecção de laudo indireto, via memorando, que apontou resultado inconclusivo. Portanto, agora, solicitamos um laudo complementar ao IML, após a juntada aos autos de exames que ainda faltavam”, declarou a PCDF.

À reportagem o Ministério Público do Distrito Federal (MPDFT) esclareceu que o “Supremo Tribunal Federal, em tese de repercussão geral, fixou que o MP pode instaurar investigações penais próprias desde que respeite os direitos e garantias de todos os investigados”.

“Um dos princípios a serem respeitados é a não instauração de dois inquéritos ou duas investigações por autoridades diferentes para o mesmo fato. Salvo flagrantes ilegalidades. Dessa forma, como a família procurou a PCDF primeiro e a investigação vem sendo realizada com rigor, sob o acompanhamento do MP, não há motivo legal para intervenção na condução da Polícia Civil”, declarou o MPDFT.

Quais assuntos você deseja receber?

Ícone de sino para notificações

Parece que seu browser não está permitindo notificações. Siga os passos a baixo para habilitá-las:

1.

Ícone de ajustes do navegador

Mais opções no Google Chrome

2.

Ícone de configurações

Configurações

3.

Configurações do site

4.

Ícone de sino para notificações

Notificações

5.

Ícone de alternância ligado para notificações

Os sites podem pedir para enviar notificações

metropoles.comDistrito Federal

Você quer ficar por dentro das notícias do Distrito Federal e receber notificações em tempo real?