Morte de bombeira do DF que combatia incêndio florestal completa 1 ano
Tragédia levou GDF a adotar isenção de taxas e matrícula garantida para todos profissionais de segurança pública que morreram em serviço
atualizado
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A morte da bombeira Marizelli Armelinda Dias (foto em destaque) completa um ano nesta terça-feira (15/9). Em 15 de setembro de 2019, a soldado perdeu a vida enquanto combatia um incêndio florestal na QNL 2 de Taguatinga Norte.
O corpo de Marizelli foi velado sob forte clima de comoção no Cemitério de Taguatinga. Foi debaixo de chuva de pétalas, lágrimas e palmas, que familiares e companheiros de trabalho se despediram da soldado.
Em meio às homenagens de colegas de corporação, a mãe da bombeira, Conceição Dias, resumiu a filha como um exemplo na família. “Ela foi uma menina que nunca me deu trabalho. O pai faleceu quando tinha 10 anos e eu tive que criar sozinha”, lembrou à época.
Marizelli tinha paixão pelo o que fazia. De acordo com a mãe, ser bombeira era uma meta de vida da filha.“Realizou o sonho dela e da família ao ser bombeira. Uma pena que aproveitou pouco”, disse.
Relembre a despedida da militar:
Legado
A forte comoção que acompanhou a morte da soldado levou o Governo do Distrito Federal a adotar, aos órfãos dos profissionais de segurança pública mortos em serviço, isenção de pagamentos de taxas e matrículas garantias nos colégios militares.
O decreto é de autoria do governador Ibaneis Rocha (MDB) e foi assinado em 11 de novembro do ano passado.
A medida é uma promessa feita pelo chefe do Executivo local após a bombeira morrer durante o combate à incêndio florestal. Marizelli era mãe de duas crianças, um menino e uma menina.
Causa da morte
Laudo realizado pela Polícia Civil do Distrito Federal (PCDF) indica que a militar morreu em decorrência de um politraumatismo por ação contundente causado pelo choque de galho de árvore contra a cabeça dela.
Ainda de acordo com o documento, não foram encontrados elementos suficientes para indicar que a integrante do Corpo de Bombeiros Militar do DF (CBMDF) sofreu uma descarga elétrica.
O laudo produzido pela PCDF é diferente da versão informada pelo Corpo de Bombeiros. Segundo a corporação, os exames médicos apontaram que a soldado Marizelli sofreu descarga elétrica momentos antes de sua morte.