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Morta na casa do padrasto: escola alertou sobre palidez de menina

Escola em que Isabela Dourado de Oliveira estudava antes de vir ao DF alertou o Conselho Tutelar sobre possível negligência sofrida

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Foto colorida de criança acenando
1 de 1 Foto colorida de criança acenando - Foto: Reprodução

Antes de morar no Distrito Federal com a mãe e o padrasto, Isabela Dourado de Oliveira (foto em destaque) morou em Soledade, cidade do Rio Grande do Sul. A escola que a menina frequentou na região gaúcha chegou a alertar o Conselho Tutelar sobre sinais de possível negligência que a criança apresentava.

Isabela morreu em 5 de fevereiro deste ano, seis meses após chegar ao DF. Ela sofreu uma parada cardíaca ao supostamente sofrer a violência sexual e acabou não resistindo. O padrasto, homem com quem a mãe e a criança moravam em Brasília, Igor Fernandes Pereira Ayres, está preso desde o dia do ocorrido.

O documento da escola foi produzido em junho de 2023. De acordo com a professora responsável, Isabela estudava na unidade desde agosto de 2021. Quando chegou, a menina apresentava ter “boa socialização com os colegas” e “boa comunicação”.

A unidade de ensino ainda definiu Isabela como “curiosa”, “inteligente” e “aluna assídua”. Porém, a professora destacou que a alimentação da menina sempre foi motivo de preocupação.

“Quanto à sua alimentação, é bastante preocupante, pois tem de insistir muito para ela se alimentar, se recusando a comer. Quase todos os dias observasse que está sempre pálida e fraca, desanimada”, escreveu a professora da creche no relatório entregue ao Conselho Tutelar de Soledade.

Mudança de comportamento

Em maio de 2023, a escola percebeu que houve uma mudança no comportamento de Isabela. “Há um mês atrás, seu comportamento teve uma mudança bem significativa onde observamos que a Isabella só queria dormir e quase não falava e interagia com os demais colegas e professores”.

“Deixou de se comunicar e manifestar seus desejos, preferências ou dizer algo que não gostasse”. A escola disse que chegou a entrar em contato com a família, mas a mãe disse que o comportamento da criança estava normal.

“Veio até a escola a mãe dizendo que o comportamento dela era normal e que geneticamente era fisicamente magra igual ao pai e que, por este motivo, não se alimentava bem. Mesmo assim, a escola ficou atenta, pois também era observado questões de falta de higiene e, por duas vezes, foi chamado o pai para buscá-la na escola, pois não conseguíamos acorda-la. A criança apresentava aparente taquicardia”, completa o relato da escola.

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Ela faria 5 anos em maio
Isa tinha 4 anos de idade
A menina tinha sinais de agressão sexual quando foi socorrida
O caso ocorreu em fevereiro deste ano
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Padrasto foi preso suspeito de abusar da menina

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Ela faria 5 anos em maio

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Isa tinha 4 anos de idade

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A menina tinha sinais de agressão sexual quando foi socorrida

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O caso ocorreu em fevereiro deste ano

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Negligência

Na última semana, o Metrópoles mostrou que novos documentos podem mudar o processo sobre a morte de Isabela. Antes de se mudar para Brasília com mãe, a menina teria passado por situações de maus-tratos nas cidades em que morou no Rio Grande do Sul. Documentos da Justiça gaúcha mostram denúncias contra a mãe de Isabela, que a acusam de atrasar a aplicação de vacinas e levar a menina para encontros sexuais.

A menina morreu em fevereiro. No dia do ocorrido, a  mãe da menina contou à PCDF que saiu para trabalhar e a filha ficou sozinha com seu companheiro no apartamento. Às 8h54, a mulher diz te recebido uma ligação do namorado, Igor Fernandes, dizendo que a criança tinha convulsionado e não reagia aos estímulos.

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Após diligências e conversas com testemunhas, os militares prenderam e conduziram Igor da criança à 21ª Delegacia de Polícia (Taguatinga Sul). Ele responderá pelo crime de estupro de vulnerável com resultado de morte.

A defesa da família do pai de Isabela, que mora no RS, pretende pedir que a mãe também seja investigada pela morte da menina. Porém, até o momento, o pedido não foi protocolado junto à Justiça do DF.

Procurada, a defesa da mãe de Isabela não retornou aos contatos da reportagem. O espaço segue aberto.

 

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