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Morre Dengo, o querido e polêmico leão do Zoo de Brasília

O animal tinha 16 anos, sofria de aids felina e foi diagnosticado com artrose. Ele tinha sido resgatado por maus-tratos causados por um circo anteriormente

atualizado

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DÊNIO SIMÕES/AGÊNCIA BRASÍLIA
leão dengo zoológico
1 de 1 leão dengo zoológico - Foto: DÊNIO SIMÕES/AGÊNCIA BRASÍLIA

O leão Dengo, um dos animais mais queridos e polêmicos do Zoológico de Brasília, morreu. O animal tinha 16 anos e exigia muitos cuidados. Por sofrer da aids felina, ser diagnosticado com artrose e ter sido maltratado anteriormente por um circo, tinha problemas de desenvolvimento corporal e era impedido de se relacionar com os outros animais. Segundo a assessoria de imprensa do Zoo, o bicho morreu de problemas decorrentes da idade e da sua frágil saúde, no domingo (29/5)

Em setembro do ano passado, o animal foi alvo de uma verdadeira disputa política. O secretário de Meio Ambiente e Recursos Hídricos, André Lima, queria que Dengo ficasse no DF, enquanto o vice-governador Renato Santana defendia que o animal fosse levado para Cotia, em São Paulo, onde funciona o Santuário Ecológico Rancho dos Gnomos.

Os ativistas defendiam a ida do leão para um lugar mais espaçoso e bucólico. Em Cotia, ele dividiria um espaço de 1.800 metros quadrados com outros 200 animais abandonados – uma espécie de asilo dos bichos. Porém, uma parte dos brasilienses acreditava que a casa de Dengo era o Zoológico de Brasília e que ele poderia ter ali um fim de vida confortável.

Para resolver a questão, foi formado um colegiado com médicos do Zoo e do Conselho Regional de Medicina Veterinária. Após debates, o grupo concluiu que as doenças crônicas e a idade avançada de Dengo representavam “um risco de saúde ou morte”, em caso de deslocamento. Dessa forma, o querido animal pode permanecer no DF até o fim de sua vida.

Tratamento especial
Segundo o Zoo, Dengo recebia tratamento especial. Não podia ficar exposto com outros da mesma espécie, por conta da enfermidade, e recebia visitas diárias de veterinários, biólogos e zootecnistas. Vivia em um espaço de 77 metros quadrados, com tanque de água e pontos de sombra e sol.

“Dengo superou a expectativa de vida de um animal saudável em ambiente natural. Morreu em uma idade avançada apesar da imunodeficiência”, explicou o diretor-presidente interino da Fundação Jardim Zoológico, Erico Grassi.

Grasse garante que a vida no zoológico foi melhor que os tempos de circo para a saúde do leão. Em 2011, Dengo chegou com escore corporal inferior a 2 — o índice reflete quanto o animal está magro ou gordo. O normal é acima de 2,5. Nos últimos meses, o leão alcançou entre 2,5 e 3. Disse ainda que graças aos cuidados da equipe do zoo, o animal melhorou e viveu até mais tempo do que um leão saudável: em média entre 13 e 14 anos.

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