Morre a pequena Ana Clara após complicações da leucemia
A família chegou a fazer uma vaquinha para ajudar no tratamento da filha, que faleceu na manhã desta quinta-feira (29/12)
atualizado
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A luta de quase dois anos contra o câncer da pequena Ana Clara teve um triste fim nesta quinta-feira (29/12). Diagnosticada com leucemia com poucos meses, ela e a família batalhavam diariamente para conseguir fazer o tratamento da doença em Curitiba (PR). Após um transplante de medula óssea, a doença voltou e ficou incontrolável. Com apenas dois anos, ela faleceu na manhã desta quinta-feira, perto das 9h40. O enterro será amanhã, no templo do cemitério de Sobradinho, a partir das 8h30.
A mãe de Ana Clara, Marciana Pádua, contou que, apesar da dor da família com a perda, já estava mais tranquila. “Dentro do possível, estamos bem. A dor é muita, mas ela (Ana Clara) já estava com um sofrimento muito grande. Agora, o que nos tranquiliza é que ela está sem dor, em um lugar melhor”, disse.O processo todo de organização do funeral foi acompanhado por um assistente social da Associação Brasileira de Assistência às Famílias de Crianças Portadoras de Câncer e Hemopatias (Abrace). “Hoje, eles foram atrás de tudo que precisávamos. Sem eles, não sei o que teria feito”, contou Marciana.
Há pouco mais de dois meses, o Metrópoles relatou a história da família, que na época fazia uma vaquinha para conseguir avançar no tratamento. Ana Clara precisava fazer um tratamento complementar a um transplante que tinha feito e a família necessitava de auxílio financeiro para ir até a capital paranaense. A orientação médica era para que eles passassem 12 meses na cidade.
De acordo com Marciana, a vaquinha funcionou e eles arrecadaram o que era necessário. Pouco tempo depois, no entanto, veio a notícia de que a doença havia voltado e rapidamente se espalhou. “Aí tivemos que ficar apenas no tratamento paliativo”, contou. “Foi tudo muito rápido”, lamenta Marciana.
Dada a condição difícil da filha, Marciana chegou a deixar um trabalho que tinha na secretaria de uma escola para se dedicar exclusivamente à menina. O pai é autônomo e se esforçou esse tempo todo para manter a família, apesar dos custos altos com o tratamento.