Morre a jornalista Valéria de Velasco aos 73 anos
Ao longo da extensa carreira, ela atuou de forma incansável no combate à violência
atualizado
Compartilhar notícia
Valéria de Velasco morreu, nesta terça-feira (17/4), vítima de um aneurisma na aorta abdominal. Ela estava tentando se recuperar da doença há 12 dias, mas não resistiu. A jornalista, de 73 anos, deixa três filhas, cinco netos e um bisneto.
Valéria criou o Comitê Nacional de Vítimas de Violência (Convivie), após o assassinato do filho Marco Antônio Velasco. O caso, ocorrido em 1993, foi uma das histórias mais chocantes da capital. O jovem, à época com 16 anos, morreu depois de ser espancado por 10 jovens de uma gangue, na 316 Norte.
Em 2009, em virtude do histórico de militância contra a violência, Valéria foi convidada a assumir o posto de subsecretária da Pró-Vítimas (Subsecretaria de Proteção às Vítimas de Violência) na Secretaria de Justiça do Distrito Federal.
No jornalismo, Valéria atuou nos anos 1980 e 2000 na redação do Correio Braziliense. O velório está marcado para começar às 14h30, na capela 6 do Campo da Esperança, na Asa Sul. Já o sepultamento será às 18h.
Por meio de nota, o governador Rodrigo Rollemberg (PSB) se manifestou:
“Brasília perdeu na madrugada de hoje uma de suas mais notáveis e fortes figuras da cidade. A jornalista Valéria de Velasco nos deixa a imagem de uma profissional competente, séria, mas principalmente a de uma mulher forte que enfrentou as agruras da vida com coragem e determinação. Se tornou, na adversidade de uma perda trágica de um filho, militante ativa contra a violência em Brasília. Meus pêsames à família e aos amigos, com minhas orações a todos.”