Moraes autoriza videoconferência e depoimento de Delgatti é remarcado
CPI do DF ouvirá “hacker da Lava Jato” por meio de um telão nesta quinta-feira (14/9), a partir das 10h. Depoimento chegou a ser desmarcado
atualizado
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A Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) dos Atos Antidemocráticos na Câmara Legislativa (CLDF) remarcou o depoimento do hacker Walter Delgatti Neto. Por falta de dinheiro para passagem e hospedagem do “hacker da Lava Jato”, preso em Araraquara (SP), o testemunho foi cancelado. Mas o ministro do Supremo Tribunal Federal (STF) Alexandre de Moraes autorizou a oitiva por videoconferência.
“Nós pedimos ao ministro Alexandre de Moraes e ele autorizou”, afirmou o presidente da CPI, deputado distrital Chico Vigilante (PT). O depoimento foi remarcado para às 10h desta quinta-feira (14/9). A sessão será no plenário da CLDF. Delgatti falará e poderá responder perguntas dos membros da comissão por meio de um telão.
Vigilante quer que Delgatti esclareça a reunião que teve com o ex-presidente Jair Bolsonaro (PL). “Aí está o cerne do golpe. Quero detalhes dessa conversa”, arrematou. O distrital elogiou a decisão de Moraes. “Demonstra que o ministro realmente quer que tudo seja esclarecido na Republica. É muito importante esse posicionamento”, disse.
Passagem e hospedagem
Sem a decisão do ministro do STF, a CPI não tinha condições financeiras para ouvir Delgatti. Segundo Vigilante, também seria necessário pagar a passagem e a estadia do advogado do hacker e de um estagiário.
Na próxima quinta-feira (21/9), a comissão espera ouvir depoimento do coronel Paulo José Ferreira, da Polícia Militar do DF (PMDF), chefe interino do Departamento de Operações em 8 de janeiro, data dos ataques antidemocráticos contra as sedes dos Três Poderes.