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Moraes: Anderson Torres omitiu acesso a celular em investigações

Em decisão que nega a liberdade provisória de Torres, Moraes escreveu que o ex-secretário “suprimiu das investigações acesso ao celular”

atualizado

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Imagem colorida de PF Anderson Torres, ex-secretário Eduardo Bolsonaro
1 de 1 Imagem colorida de PF Anderson Torres, ex-secretário Eduardo Bolsonaro - Foto: Rafaela Felicciano/Metrópoles

Nesta quinta-feira (20/4), o ministro do Supremo Tribunal Federal (STF) Alexandre de Moraes manteve a prisão preventiva do ex-secretário de Segurança Pública do Distrito Federal Anderson Torres no âmbito do inquérito que apura os atos de 8 de janeiro. Na decisão, Moraes afirmou que Torres omitiu acesso dos investigadores ao celular.

O ex-secretário está preso há 97 dias por suspeita de conivência ou omissão diante dos atos antidemocráticos que ocorreram em Brasília. Quando foi preso, após retornar das férias nos Estados Unidos, Torres informou à Polícia Federal que não entregou o celular pessoal aos investigadores por ter perdido o aparelho.

Torres afirmou que, após ter tido a prisão decretada no Brasil, “passou a ser procurado por uma infinidade de pessoas, ocasião em que resolveu desligar o celular”. Depois disso, não soube mais onde o aparelho foi parar.

Na decisão desta quinta, Moraes escreveu que o ex-secretário “suprimiu das investigações a possibilidade de acesso ao seu telefone celular, consequentemente, das trocas de mensagens realizadas no dia dos atos golpistas e nos períodos anterior e posterior; e às suas mensagens eletrônicas. Somente – mais de 100 dias após a ocorrência dos atos golpistas e com total possibilidade de supressão das informações ali existentes – autorizou acesso às suas senhas pessoais de acesso à nuvem de seu e-mail pessoal”.

Torres segue preso no 4º Batalhão da Polícia Militar, no Guará.

Novo depoimento

Também nesta segunda, Moraes determinou que Torres preste novo depoimento à Polícia Federal. Segundo a determinação, Torres deverá comparecer à sede da PF na próxima segunda-feira (24/4), às 14h.

Ele é investigado no âmbito do inquérito que apura os atos antidemocráticos de 8/1 e no que apura as ações da Polícia Rodoviária Federal nas eleições.

 

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