metropoles.com

Moradores do Morro da Cruz pagam por iluminação, mas vivem no escuro

Pagando imposto há aproximadamente seis meses na região em regularização, população considera absurda a falta de iluminação na região

atualizado

Compartilhar notícia

Google News - Metrópoles
Material cedido ao Metrópoles
Morro da Cruz - Metrópoles
1 de 1 Morro da Cruz - Metrópoles - Foto: Material cedido ao Metrópoles

Mesmo pagando mensalmente a Contribuição de Iluminação Pública (CIP), moradores do Morro da Cruz, em São Sebastião (DF), vivem em ruas tomadas pela escuridão.

A região está em processo de regularização. Segundo a vizinhança, apenas a avenida principal está iluminada, enquanto as ruas internas ficam no escuro nas noites e madrugadas.

Veja a escuridão:

A doméstica Sarah Jane Bezerra mora desde 2012 na região. Há aproximadamente seis meses, passou a pagar o imposto. A região, porém, não ganhou iluminação. Por isso, ela e a família não saem de casa depois do pôr do sol.

“É perigoso. A pouca iluminação que tem foi colocada pelos próprios moradores. Geralmente, as entradas e os meios das ruas são escuras. Não saio à noite. Sou bem medrosa”, desabafou.

O mototaxista Jairo Borges de Santana vive na região há 4 anos. “Isso que está acontecendo é desonesto. Estamos pagando uma coisa que não estamos usufruindo. Isso é errado”, afirmou.

3 imagens
População estuda entrar na Justiça para exigir a iluminação na região
Região de São Sebastião está em processo de regularização
1 de 3

Moradores do Morro da Cruz pagam impostos mas vivem sem iluminação pública e com medo de criminosos

Material cedido ao Metrópoles
2 de 3

População estuda entrar na Justiça para exigir a iluminação na região

Material cedido ao Metrópoles
3 de 3

Região de São Sebastião está em processo de regularização

Material cedido ao Metrópoles

Moradores estudam entrar com uma Ação Civil Pública cobrando da CEB Ipes, responsável pelo serviço no DF, a imediata instalação de iluminação pública de LED na região.

Outro lado

Por nota, a CEB Ipes argumentou que o pagamento da CIP não está vinculado a regiões, mas à prestação de serviço em todo o DF.

A companhia afirma também que a cobrança é proporcional ao consumo de energia, o que, teoricamente, preserva os consumidores de baixa renda.

Leia a nota completa:

O pagamento da Contribuição de Iluminação Pública (CIP) tem como fato gerador a prestação do serviço de iluminação em todo o Distrito Federal, e não de locais específicos. Ou seja: todos os consumidores de energia contribuem para custear a iluminação de todas ruas, vias, praças e áreas públicas do DF. Assim, o consumidor não paga pelo poste na porta da sua casa, e sim cotiza, de maneira coletiva, o custeio de toda a iluminação pública do Distrito Federal, inclusive as vias da cidade nas quais ele transita, seja a EPTG, Eixão, Estradas Parques, Estacionamentos Públicos etc. 

A título de exemplo, os moradores do Morro da Cruz transitam pela Avenida Principal de São Sebastião, que liga a região ao Balão do Jardim Botânico, e onde foi feita a substituição da iluminação por luminárias em LED de alta qualidade. A referida obra foi custeada com recursos da CIP pagos por consumidores regulares mas que beneficia a todos, inclusive os moradores de áreas irregulares que ainda não pagam pelo seu consumo de energia, tampouco pagam a CIP.

Cumpre esclarecer, ainda, que a contribuição de iluminação pública é cobrada de maneira proporcional à conta de energia de cada unidade consumidora, conforme regras definidas para o ano de 2022 pelo Decreto Distrital Nº 42884 de 30/12/2021, sendo que a unidade que consome até 80 kilowatt/hora pode ser isento de pagamento de CIP, como consumidor de baixa renda. 

Em relação à instalação da estrutura de iluminação pública em áreas em processo de regularização, ainda que a presença de redes regulares de distribuição seja a primeira condição para a instalação de infraestrutura de iluminação pública regular, aquela ainda depende de outros fatores. A região em comento passou décadas em ligações clandestinas, sem realizar qualquer pagamento pela energia consumida nos imóveis tampouco qualquer pagamento da CIP, apesar de apresentar braços clandestinos de iluminação pública. 

O atual momento, de regularização, é também de transição, com a retirada das ligações e braços de iluminação clandestinos e instalação de rede de distribuição regular, bem como o desenvolvimento de projeto para instalação de estrutura de iluminação Pública, que abrange o planejamento da obra e disponibilidade orçamentária. 

Ainda, importa informar que atualmente a verba da CIP é destinada praticamente na sua totalidade para o pagamento de energia e manutenção do Parque de Iluminação Pública existente, não sendo possível, portanto, fazer o atendimento imediato de todos os pleitos de implantação de iluminação pública. 

Com a aprovação do projeto de lei que promove alguns ajustes na concessão do serviço de iluminação pública, já sob responsabilidade da CEB Ipes, a companhia terá autonomia para utilizar recursos próprios bem como captar em torno de R$ 300 milhões a mercado para serem destinados para a expansão e modernização do parque de iluminação pública do DF, e assim, ter condições operacionais de converter todo o parque de IP do DF em LED no prazo de três anos. No momento, o referido projeto de lei se encontra tramitando na CLDF.

Quais assuntos você deseja receber?

Ícone de sino para notificações

Parece que seu browser não está permitindo notificações. Siga os passos a baixo para habilitá-las:

1.

Ícone de ajustes do navegador

Mais opções no Google Chrome

2.

Ícone de configurações

Configurações

3.

Configurações do site

4.

Ícone de sino para notificações

Notificações

5.

Ícone de alternância ligado para notificações

Os sites podem pedir para enviar notificações

metropoles.comDistrito Federal

Você quer ficar por dentro das notícias do Distrito Federal e receber notificações em tempo real?