metropoles.com

Moradores de condomínio no Altiplano Leste fecham via contra derrubada

No Km 23, sentido Paranoá em frente ao condomínio Solar, e no Km 21, em frente ao Altiplano Leste. Aproximadamente 500 pessoas participam da ação. Policiais militares e bombeiros estão negociando a liberação e apagando as chamas colocadas nos pneus

atualizado

Compartilhar notícia

Google News - Metrópoles
Michael Melo/Metrópoles
altiplano protesto
1 de 1 altiplano protesto - Foto: Michael Melo/Metrópoles

Pegos de surpresa na segunda-feira (15/8) por equipes da Agência de Fiscalização do DF (Agefis) em uma operação de derrubada, os moradores do condomínio Estância Quintas da Alvorada, no Altiplano Leste, entre o Lago Sul e o Paranoá, se anteciparam nesta terça (16). Eles fizeram barricadas e fecharam a DF-001, principal via de acesso ao local. O objetivo é chamar a atenção para a situação deles e evitar que outras construções sejam destruídas pelos tratores. Quem precisa, não consegue chegar e nem sair da região.

O bloqueio começou por volta 7h. A via tem dois pontos completamente interditados: no Km 23, sentido Paranoá em frente ao condomínio Solar; e no Km 21, em frente ao Altiplano Leste. Aproximadamente 500 pessoas participam da ação. Policiais militares e bombeiros estão negociando a liberação e apagando as chamas colocadas nos pneus.

Os manifestantes, entretanto, dizem que só vão sair depois que conseguirem marcar uma reunião com o governador Rodrigo Rollemberg (PSB). “Não foi aberto qualquer canal de diálogo conosco. Fomos surpreendidos com a chegada da Agefis e nem pudemos nos defender”, reclamou Lila Paula de Souza, 37 anos, servidora pública e moradora do Quintas da Alvorada desde 2010.

De acordo com ela, o condomínio tem cerca de duas mil casas e seis mil moradores. “Foi uma ação arbitrária do governo. Não fomos notificados, arrombaram as casas”, desabafou. A servidora pública disse, ainda, que se não houve uma negociação, os moradores prometem fechar a Ponte JK nesta semana.

Michael Melo/Metrópoles
Pessoas que precisam chegar ao aeroporto estão atravessando o bloqueio a pé e pegando táxi para não perderem o voo

 

Michael Melo/Metrópoles
Um grande engarrafamento se formou no local do protesto

 

Área pública
Segundo a Agefis, os imóveis foram construídos em área pública, de propriedade da Terracap. Os moradores se mobilizam para tentar uma liminar da Justiça para interromper a derrubada. Nessa primeira fase, imóveis em construção ou vazios estão sendo derrubados. Duas casas de dois andares e área de lazer em construção foram derrubadas.

A Agefis alega que a operação cumpre determinação judicial decorrente da ação civil pública 29.041/94. Aproximadamente 200 outras construções no condomínio realizadas após julho de 2014 também devem ser derrubadas.

A Agefis explicou que a identificação das construções irregulares é feita por geoprocessamento utilizando imagens de satélite. De acordo com o órgão, o terreno, de 2.313.122 metros quadrados e vinha sendo ocupado irregularmente desde 2008.

A agência garante que nenhuma das residências chegou a ser habitada. A maioria ainda está na fase de obras de alvenaria. Há três liminares judiciais: uma delas destinadas a garantir a construção de duas portarias de acesso ao condomínio, e duas para habitações.

 

Quais assuntos você deseja receber?

Ícone de sino para notificações

Parece que seu browser não está permitindo notificações. Siga os passos a baixo para habilitá-las:

1.

Ícone de ajustes do navegador

Mais opções no Google Chrome

2.

Ícone de configurações

Configurações

3.

Configurações do site

4.

Ícone de sino para notificações

Notificações

5.

Ícone de alternância ligado para notificações

Os sites podem pedir para enviar notificações

metropoles.comDistrito Federal

Você quer ficar por dentro das notícias do Distrito Federal e receber notificações em tempo real?