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Moradores de bloco de general Heleno temem aumento do coronavírus

Diagnosticado com a doença, ministro do GSI não cumpriu período de isolamento e, segundo vizinhos, circula livremente pelo prédio

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Placa do prédio onde mora o general Heleno
1 de 1 Placa do prédio onde mora o general Heleno - Foto: Igo Estrela/Metrópoles

Moradores de um prédio na 305 Norte estão com medo de serem contaminados com o coronavírus por um de seus moradores. Trata-se do ministro do Gabinete de Segurança Institucional da Presidência da República (GSI), general Augusto Heleno.

O militar de 72 anos foi um dos 23 infectados da comitiva do presidente Jair Bolsonaro (sem partido) que foi ao Estados Unidos. Ele testou positivo para a Covid-19 no último dia 18 e passou apenas sete dias em quarentena. A recomendação de especialistas é que o período de isolamento dure, pelo menos, 14 dias.

Ao Metrópoles, moradores do condomínio admitiram estar com medo por compartilharem os mesmos ambientes que o general, como o elevador.

“Todos que estão suspeitos de terem contraído coronavírus ou tenham tido contato com pessoas infectadas têm de ficar em quarentena. Por que esse senhor pode ficar sete dias e voltar a transitar?”, reclamou um morador, que preferiu não se identificar.

De acordo com ele, outros residentes se queixaram com o porteiro e até com o síndico sobre o general não ter cumprido o prazo recomendado pela Organização Mundial de Saúde (OMS).

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Em nota, a assessoria do general Augusto Heleno afirmou que as reclamações dos moradores “não têm qualquer fundo de verdade
Moradores com medo do coronavírus
Pilotis do prédio onde mora o general Heleno
Residentes se queixaram com o porteiro e até com o síndico sobre o general não ter cumprido o prazo recomendado pela Organização Mundial de Saúde (OMS)
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Moradores do condomínio admitiram estar com medo por compartilharem os mesmos ambientes que o general, como o elevador

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Em nota, a assessoria do general Augusto Heleno afirmou que as reclamações dos moradores “não têm qualquer fundo de verdade

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Residentes se queixaram com o porteiro e até com o síndico sobre o general não ter cumprido o prazo recomendado pela Organização Mundial de Saúde (OMS)

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“Existem outras duas pessoas no prédio que testaram positivo [para o novo Coronavírus]. Elas estão isoladas e não saem para nada. Todos estamos em nossas casas, mesmo sem ter tido contato com pessoas suspeitas”, completou o morador.

O síndico do prédio, que se identificou apenas com o primeiro nome, Paulo, demonstrou preocupação, mas ressaltou ter poucos meios para proibir a circulação de pessoas no condomínio.

“Essas pessoas [contaminadas] têm de ficar em quarentena, mas não sou da polícia. Não posso impedir que ele transite. O que posso fazer é higienizar todos os locais”, afirmou o síndico, que tem 70 anos e diz buscar ficar recluso em seu apartamento o máximo que consegue.

Nessa quarta-feira (25/03), o ministro do GSI voltou a trabalhar no Palácio do Planalto e chegou a participar de uma reunião por vídeoconferência ao lado de Bolsonaro.

Em nota, a assessoria do general Augusto Heleno afirmou que as reclamações dos moradores “não têm qualquer fundo de verdade.

Ainda segundo o texto, durante todo o período, Heleno só teria saído para o trabalho na quarta-feira, “dirigindo o próprio carro, por ter completado sete dias de isolamento e ter sido autorizado por médicos. Quatro horas depois, retornou para casa, onde permanece em regime de home office”, esclarece.

A nota é finalizada com uma provocação: “O resto é maledicência de quem não tem o que fazer”.

Segurança testa positivo

Nessa quinta-feira (26/03), o Metrópoles revelou, com exclusividade, que outro servidor que trabalha próximo ao presidente Bolsonaro testou positivo para Covid-19. Trata-se do capitão da PMDF Ari Celso Rocha Lima de Barros, 39, que segue internado no Hospital de Base do DF (HBDF). Ele é segurança do presidente.

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