Moradora do DF tem CPF clonado e não consegue se vacinar contra Covid
Pamella Melo, 34 anos, foi avisada pela enfermeira que alguém tinha usado o CPF dela para se imunizar em São Paulo
atualizado
Compartilhar notícia
Ansiosa e feliz. Era como Pamella Melo estava se sentindo na fila da vacina contra Covid-19, nessa terça-feira (3/8), antes de tudo se tornar um pesadelo após fraude com a documentação dela. A moradora da Asa Norte, de 34 anos, esperou pela chegada da faixa etária, pegou fila, mas, quando chegou a vez de se imunizar, a enfermeira avisou que alguém tinha usado o CPF dela para se vacinar em São Paulo.
Pamella Melo contou ao Metrópoles que a enfermeira estava preenchendo os papéis da vacinação, mas, quando abriu o sistema, constatou que o CPF dela tinha sido usado para D1 e D2 da CoronaVac no interior paulista. “A enfermeira me orientou a fazer um boletim de ocorrência e, na delegacia, me pediram para entrar com uma reclamação na ouvidoria da Secretaria de Saúde”, contou.
A operadora de caixa diz que se sente constrangida. “Eu saí de lá arrasada, porque todo mundo ficou me olhando como se eu fosse culpada, como se tivesse feito algo errado. É um absurdo ter gente conseguindo se vacinar sem documentação em São Paulo”, lamentou.
Pamella fez todos os procedimentos. No mesmo dia, registrou ocorrência na 2° Delegacia de Polícia (Asa Norte) e abriu o chamado na Ouvidoria da Secretaria de Saúde, mas ainda aguarda por respostas.
Veja reclamação feita na Ouvidoria:
A Secretaria de Saúde informou, em nota, que a vítima precisa explicar a situação e enviar a cópia da ocorrência. “Com essas informações, a SES consegue enviar o processo para avaliação do Ministério da Saúde e para a Secretaria de Saúde de São Paulo”, explicou. A pasta esclarece que todas as denúncias são apuradas.