Moradora de Vicente Pires, prima de JK comemora 108 anos
Nascida em 1911, Maria Rita da Rocha vai ganhar, neste sábado (27/07/2019), uma festa com a presença de toda família
atualizado
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São 39.447 dias bem vividos. Em 21 de julho de 1911, nascia Maria Rita da Rocha. Mineira de Uberaba, mas atualmente com residência fixa em Vicente Pires, a prima de Juscelino Kubitschek não esconde a satisfação de ter soprado mais uma velinha: “Sou muito feliz por ter chegado a esta idade”, comemora. São 108 anos.
Lúcida, ela admite surpresa por ter se tornado uma centenária. Com fala pausada, reflete sobre o maior orgulho de sua longeva história: a criação dos filhos. “Nunca pensei que chegaria aos 108. Tive uma vida simples, mas meus filhos foram muito bem educados”, observa Maria Rita, que contabiliza mais de 150 descendentes, entre filhos, netos, bisnetos e tataranetos.
Outra lembrança que ela carrega com carinho é a da mudança para o Distrito Federal, logo após a inauguração de Brasília, quando já tinha 50 anos. As visitas a JK, no Palácio da Alvorada, são as memórias que a dona de mais um século de vida guarda com mais apreço. “Fui umas quatro vezes lá e Juscelino me recebeu: era muito grande e bonito”, diz.
Entre vários endereços em Goiás, São Paulo e DF, a cidade que ela mais gostou de morar foi Taguatinga. “É tudo muito calmo e o pessoal é muito bom”, destaca.
Idas à residência oficial e viagens de trem Brasília-Uberaba para encontrar os parentes da cidade natal, no entanto, ficaram no passado. Hoje, Dona Maria já não enxerga nem escuta bem, mas até pouco tempo atrás fazia tudo sozinha. “Até outubro do ano passado, ela ainda lavava a louça, tomava banho e andava pela casa”, explica a neta Dilma Rocha, de 59 anos, que já cuida da familiar há uma década.
Segundo Dilma, a avó costumava andar de ônibus para encontrar os filhos até os 90 anos. “Depois de uma vez que ela quase caiu, foi que conseguimos convencê-la de parar de andar tanto por aí sozinha. Antes, ela não parava”, conta.
Saúde de ferro
Dilma diz ainda que a avó tem uma saúde de espantar qualquer médico. Sem pressão alta ou artérias entupidas, o único remédio que Dona Maria toma é um analgésico, de vez em quando, para aliviar algumas dores. “Ano passado, quando fez uma bateria de exames, não apareceu nada. Talvez seja pela alimentação”, frisa.
A própria Dona Maria, no entanto, não sabe explicar o motivo da longevidade. “Foi rolando. Nunca adoeci e ainda estou aqui”, resume.
Para comemorar a vitalidade, a família preparou uma grande festa, a ser realizada neste sábado (27/07/2019). Filhos, netos, bisnetos, trinetos e até um tataraneto estão a caminho do Distrito Federal para celebrar a vida da centenária. “Vem gente de Goiânia, Cuiabá, São Paulo. A reunião será maravilhosa”, comemora Dilma.