Moradora de prédio que caiu no DF recomeça: “Deus na frente”
Larissa Gonçalves, 25, se mudou para outro apartamento em Taguatinga neste sábado. Ela negocia a compra de móveis e utensílios domésticos
atualizado
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Uma das moradores do prédio que caiu em Taguatinga Sul no início de janeiro procura formas para recomeçar após perder tudo. Larissa Gonçalves, 25 anos, estava em Santa Maria da Vitória, na Bahia, quando soube do desabamento parcial do edifício. Após fazer um acordo com o proprietário do local e sair do hotel, na última sexta (14/1), mudou-se para um novo apartamento, também em Taguatinga, neste sábado (15/1) e, agora, procura alternativas para recomeçar em uma nova casa.
No fim desta manhã, a corretora de imóveis publicou uma mensagem em um grupo do Facebook, onde informava que era morada do edifício em questão, que desejava negociar móveis, além de aceitar doações para o novo apartamento. Ao longo de 7 horas, contabilizou cerca de 100 comentários onde outros membros do grupo ofereciam itens ou donativos. “Tem muita gente ajudando, graças a Deus”, comemora.
“Não consegui tirar nada porque eu estava viajando. Quando eu cheguei [no Distrito Federal] já havia acontecido”, relembra. No meio tempo, a corretora de imóveis diz que tem recebido ajuda de familiares, mas que a situação ainda é complicada. “Estou tentando me adaptar, ainda estou um pouco aérea”, avalia.
Na casa nova, mora com o seu coelho, um dos animais que conseguiu ser resgatado dos escombros. Ela conta que fez um acordo com o proprietário, mas não quis revelar valores. “Preferi fechar negócio com ele e evitar burocracia”, pontua.
Confira a atual situação do edifício:
Nova reunião
Em nova nota divulgada pela assessoria do dono do imóvel, está prevista para a próxima terça-feira (18/1) uma nova reunião com a Defesa Civil, DF Legal, Administração de Taguatinga e equipe técnica especializada contratada pelo proprietário para atualização dos próximos passos, o que inclui a definição sobre o Aluguel Social.
Defesa Civil sobre prédio que caiu: “Não entrem. Há severo risco”
Ainda de acordo com o comunicado, a maioria das famílias já saiu dos hotéis e está abrigada em casas de familiares e amigos. Já no edifício parcialmente tombado, houve reforço da segurança privada.
A nota oficial informa também que “o proprietário segue prestando as informações necessárias para a condução das investigações, tomando as medidas cabíveis para minimizar os impactos do ocorrido, bem como atento às necessidades de apoio às famílias impactadas pelo acidente”, frisou.
Prédio será demolido
Na quinta-feira (13/1), a Defesa Civil afirmou que o prédio de Taguatinga que desabou deverá ser demolido por causa do comprometimento geral da estrutura.
Após reunião entre o órgão, o DF Legal, a Administração Regional de Taguatinga e a equipe técnica especializada contratada pelo proprietário do edifício, ficou estabelecido que, por questão de segurança, não será mais permitida a entrada no imóvel.
Ainda não há data para a derrubada completa do prédio.
A edificação localizada no Lote 20 da QSE 20 não tinha alvará de construção ou Habite-se; portanto, era irregular.