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Morador tenta expulsar banhista de área de lazer do Lago Paranoá. Veja

Jovem de 24 anos estava tomando sol quando morador pediu que ela deixasse o local. Administração do Lago Sul confirma que o espaço é público

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Imagem colorida de um homem de camiseta e bermuda azuis, apontando com o braço direito para a esquerda. Ele está sobre uma ponte no Lago Paranoá
1 de 1 Imagem colorida de um homem de camiseta e bermuda azuis, apontando com o braço direito para a esquerda. Ele está sobre uma ponte no Lago Paranoá - Foto: Reprodução

Uma jovem de 24 anos filmou o momento em que um morador da QL 32 do Lago Sul pediu que ela se retirasse do espaço onde estava nadando e tomando sol, no Lago Paranoá. O caso aconteceu na manhã dessa segunda-feira (19/8), por volta das 11h30.

A pedagoga Elisa Maria Fernandes registrou um trecho da conversa com o morador. No vídeo, o homem alega que a área seria pertencente à residência dele, que aparece ao fundo na imagem, e que o local, que é público, não poderia ser visitado pela população.

“Por que eu não posso estar aqui?”, pergunta a mulher. “Porque isso é uma propriedade particular”, rebate ele.

Em seguida, a visitante explica que costuma ir ao local há tempos e que não seria obrigada a sair. Ele, então, fala: “Vamos cortar esse negócio de ‘eu já vim, eu vou vir’.”

A conversa segue com o morador reclamando da presença da jovem no local. Ele chega a falar que vai “tomar providências” para que Elisa deixe o espaço e, em determinado momento, afirma que ali “não é lugar de usar droga”.

Segundos depois, já distante da câmera da visitante, o homem teria dito que aquele espaço não deveria receber “esse tipo de pessoa”. A jovem, então, indaga: “Que tipo de pessoa? O senhor está falando que eu sou uma pessoa diferente?”.

Após cerca de 10 minutos, de acordo com Elisa, o morador saiu do local afirmando que tomaria providências. Ele e a esposa, no entanto, continuaram pedindo que ela saísse, mas a distância.

Assista:

Em contato com o Metrópoles, Elisa se queixa da abordagem feita pelo morador. “Ele veio questionando onde eu moro, como se isso fizesse diferença”, relata.

Ela conta à reportagem que é moradora do Jardim Botânico e que frequenta aquele espaço há cerca de três anos. “Sempre vejo várias pessoas aqui, tomando sol, passeando com cachorros”, descreve. “É uma área pública.”

A jovem, que é negra, considera ter havido cunho preconceituoso por parte do morador no diálogo. “Ele insinua que eu estava usando alguma coisa, ao dizer que ali não é local de usar droga, de fumar, de beber, mas eu não estava fazendo absolutamente nada além de nadar e tomar sol”, afirma Elisa.

“Tem, sim, um tom de preconceito. Nos dias de hoje, não há mais espaço para isso. Acredito que várias pessoas já devam ter saído do local por medo, por ele ter ameaçado falando que vai tomar providências, como fez comigo”, aponta.

Em contato com a reportagem, a Administração Regional do Lago Sul confirmou que a área onde Elisa estava é pública e que ela não precisava deixar o local.

A Polícia Civil do Distrito Federal (PCDF) também atestou, por meio da 10ª Delegacia de Polícia (Lago Sul), que o espaço é aberto à população. Não houve registro de ocorrência policial.

Os moradores que aparecem no vídeo não foram localizados. O espaço segue aberto.

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