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Morador do DF gasta, em média, 30l a mais de água que o recomendado

Caesb e especialistas avaliam que não há risco de ter crise hídrica no DF este ano. Porém, reforçam a importância de economizar água

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água saindo da torneira
1 de 1 água saindo da torneira - Foto: Getty Images

Em média, cada brasiliense utiliza 140 litros de água por dia. Seja para atividades como lavar a casa ou tomar banho, seja para consumo, o valor está acima do indicado como “suficiente” pela Organização das Nações Unidas (ONU). A entidade avalia que 110 litros por dia são satisfatórios para atender as necessidades básicas de uma pessoa.

Reservatório em 47% alerta para nova crise hídrica em breve no DF

A média já alta do Distrito Federal tende a aumentar no período de seca. Segundo a Companhia Ambiental de Saneamento do DF (Caesb), quando há estiagem, o uso diário de água aumenta entre 7% e 10% — podendo chegar a 154 litros por pessoa.

Apesar dos números e da longa duração da seca este ano, a Caesb descarta o risco de haver a necessidade de racionamento de água. “Apesar da seca que atinge o Distrito Federal há mais de 140 dias, o abastecimento de água potável está normal em todo o DF”, disse a companhia, em nota.

Professora do curso de Engenharia Ambiental da Universidade Católica de Brasília (UCB), Beatriz Barcelos avalia que o consumo de água na capital federal é alto. Mas ainda estaria abaixo dos patamares registrados nos anos que antecederam a crise de 2017 (Leia sobre mais abaixo).

“Após a crise hídrica de 2016 a 2018, a população retomou os padrões anteriores de consumo. Em 2019, o consumo continuou crescendo, mas ainda se manteve abaixo dos níveis anteriores à crise. No primeiro ano de racionamento (2017), houve uma redução de 9,55% no consumo em relação ao ano anterior. Em 2018, houve um aumento de 0,77% em relação a 2017. Já em 2019, o consumo cresceu 7,57% em relação a 2018, mas ainda estava próximo ao consumo pré-crise de 2016”, exemplifica a professora.

Ela destaca que os reservatórios que abastecem o DF não estão em níveis considerados críticos e, por isso, também descarta a possibilidade de uma crise hídrica para 2024. “De todo modo, utilizar os recursos de forma racional é necessário, independentemente de os reservatórios estarem com volume elevado ou não.”

Atualmente, o reservatório de Santa Maria está em 45,5% do volume útil e o do Descoberto, em 77%.

Redução no consumo de água

A própria Caesb, apesar de descartar uma crise hídrica este ano, pede que a população adote medidas para controlar o consumo de água.

“Todos os imóveis residenciais e comerciais devem dispor de caixa d´água própria, conforme determina a resolução da Adasa nº 14/2011. Quem tem caixa d’água e a mantém abastecida, não fica sem água”, diz o texto.

A Caesb pede que os moradores do DF:

  • Instalem caixa d’água e a mantenham abastecida.
  • Não desperdicem água.
  • Não usem água potável para lavar carro ou garagem; irrigar gramado ou regar jardim.
  • Poupem água.

A professora Barcelos reforça que é preciso haver uma ação conjunta do Executivo local e da população. “Políticas públicas, campanhas educativas e investimentos em infraestrutura são necessários para evitar crises hídricas. É importante promover a conscientização sobre o uso racional da água. Incentivos governamentais para investir em soluções de conservação e reutilização de água podem ser uma estratégia eficaz”.

“A população pode adotar várias medidas para reduzir o consumo de água e contribuir para a sustentabilidade”.

Veja dicas da professora:

  • Instalar torneiras com redutores de vazão e vasos sanitários de baixo volume de água são maneiras eficazes de economizar água sem comprometer o conforto.
  • Válvulas de descarga de acionamento duplo também ajudam a controlar o volume de água utilizado na descarga.
  • Equipamentos modernos para lavagem de pisos e outras atividades domésticas podem ser mais eficientes em termos de consumo de água.
  • O reuso de água cinza, proveniente de lavagem de roupas e louças, também pode ser implementado.

Relembre a crise hídrica

No início de 2017, o Governo do Distrito Federal precisou instituir o racionamento de água para garantir o abastecimento para consumo humano. No pior momento da crise, por volta de novembro, o reservatório do Descoberto chegou a 5% da capacidade. O de Santa Maria, a 21,5%.

Crise hídrica no DF era uma situação inimaginável em março de 2016

As áreas abastecidas pelo Santa Maria e pelo Descoberto aderiram ao rodízio. Para enfrentamento da situação, reduziu-se, ainda, a vazão de retirada de água nos reservatórios. Em seguida, a Adasa determinou a restrição de dias e horários para a retirada de água por produtores rurais irrigantes.

Somente em 14 de junho de 2018 a medida foi suspensa, depois de o DF sair da crise hídrica.

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