Morador do DF é investigado por furto de R$ 48 mil em criptomoedas
Caso é investigado pela PCMT com parceria do PCDF e do MJ. Policiais quebraram o sigilo e bloquearam das criptomoedas do jovem suspeito
atualizado
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Um jovem morador do Distrito Federal é investigado por furto de criptomoedas. Uma das vítimas vive no Mato Grosso e sofreu o prejuízo de R$ 48 mil. Para dissimular o golpe, o investigado realizou transações eletrônicas que caracterizam o crime de lavagem de capitais.
Nesta terça-feira (17/12), a Polícia Civil do Mato Grosso (PCMT), em parceria com a Polícia Civil do DF (PCDF), cumpriu mandados de busca e apreensão contra o suspeito.
Com respaldo de decisão judicial da 2ª Vara Criminal de Várzea Grande (MT), foram realizados a quebra de sigilos bancário e telefônico e o bloqueio das criptomoedas do investigado.
Segundo a PCMT, a Justiça deferiu também medidas cautelares contra o investigado, entre elas a proibição de acessar carteiras virtuais de criptoativos, suspensão de negociações de ativos virtuais e abertura de contas-correntes e comparecimento ao juízo para justificar suas atividades. O descumprimento acarretará em prisão preventiva.
O investigado foi levado à 21ª Delegacia de Polícia do DF (Taguatinga Sul), onde será interrogado pelo delegado chefe da Delegacia Especializada de Roubos e Furtos de Várzea Grande, Alexandre Nazareth. Com o suspeito, foram apreendidos um computador, um iPhone e um cartão bancário em nome de terceiro.
Furto de criptomoedas
Segundo a PCMT, a vítima relatou que em setembro de 2024 teve sua carteira digital, no aparelho celular, invadida e realizadas transferências de criptomoedas que correspondem em moeda nacional a R$ 48 mil.
Na mesma data em que houve a transferência, a vítima recebeu uma notificação do Google informando que a senha de seu e-mail havia sido alterada, assim como foi comunicada pela corretora digital que as moedas digitais transferidas.
Ao fazer contato com a operadora de telefonia, a vítima ficou sabendo que uma pessoa se passou por ele e foi a uma loja da operadora solicitando, em seu nome, um novo chip, mas usando o mesmo número do aparelho da vítima.
iPhone
A investigação apurou que um aparelho da marca Iphone havia acessado a carteira digital da vítima em outro estado. A equipe de investigação confirmou o endereço do suspeito de do furto como residente no DF.
De acordo com a Polícia Civil, o investigado é também cliente da mesma carteira de criptoativos que a vítima e assim que executou a transferência criminosa, ele fez uma série de “malabarismos” a fim de dificultar o rastreamento.
Segundo o delegado responsável pelo inquérito, Alexandre Nazareth, além do furto, o investigado ainda cometeu fraude eletrônica fazendo diversas transações de compra, venda e revendas dos criptoativos.
“Imediatamente após subtrair as criptomoedas, o investigado realizou uma série de transações obscuras para diferentes carteiras e fazendo ainda a conversão de parte do que furtou em moeda fiduciária (dólar) para dar a aparência lícita à vantagem auferida criminosamente”, contou o delegado.
Suspeita
O delegado pontua ainda que a rapidez com que o investigado realizou as transações, em menos de seis horas, usando sistemas diferentes de registros, levanta a suspeita da existência de mais vítimas.
Também colaboraram com a investigação o Laboratório Contra Lavagem de Dinheiro e a Delegacia Especializada de Repressão a Crimes Informáticos do Mato Grosso e o Laboratório de Operações Cibernéticas da Diretoria de Operações Integradas do Ministério da Justiça.