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DF Legal derruba muro que delimitava condomínio irregular no 26 de setembro

A construção já tinha mais de 600 metros de comprimento. O Metrópoles denunciou a irregularidade no início do mês

atualizado

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DF Legal/Reprodução
caminhão e trator
1 de 1 caminhão e trator - Foto: DF Legal/Reprodução

A Secretaria de Proteção da Ordem Urbanística (DF Legal) derrubou, nesta terça-feira (22/9), um muro com mais de 600 metros de comprimento que delimitava um condomínio irregular no Assentamento 26 de Setembro. A denúncia já havia sido feita pelo Metrópoles no início deste mês, durante o começo da construção.

De acordo com a DF Legal, o objetivo da ação foi evitar que a estrutura se estabelecesse dando condições para que grileiros realizassem venda de lotes no local. Segundo levantamento da pasta, a estimativa era que os vendedores dessas terras arrecadassem, aproximadamente, R$ 64 milhões com a comercialização clandestina de 430 lotes.

Além do muro, foram removidos da área pública postes para a ligação irregular de rede de energia, tubulação de rede de água potável e uma caixa d’água para abastecimento do condomínio. Materiais e equipamentos de construção, entre eles um trator retroescavadeira, um gerador, cimento, andaimes, ferros e aterramentos diversos foram apreendidos.

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Condomínio era irregular
Ação foi no Assentamento 26 de Setembro
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Muro foi derrubado em ação da DF Legal

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Condomínio era irregular

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Ação foi no Assentamento 26 de Setembro

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Grileiros tentam acelerar ocupações

Após uma série de operações realizadas no final do mês de agosto, grileiros da região aproveitaram a interrupção de derrubadas para incentivar novas ocupações em lotes ainda não habitados.

No começo de setembro, o Metrópoles mostrou que, em orientações divulgadas em grupos de WhatsApp de moradores do local, lideranças mandam a comunidade configurar moradias, pois o poder público “não vai derrubar casas habitadas”, dizem as mensagens.

Em um dos textos, há explicação detalhada dos requisitos que configuram uma casa realmente habitada. Segundo consta, o ideal é dar “prioridade para um cômodo” e colocar “o banheiro para funcionar. Se não tiver cisterna, peça água emprestada para seu vizinho”.

A justificativa é simples: a DF Legal não pode derrubar imóveis habitados, ou seja, com pessoas morando. Dessa forma, os responsáveis pela orientação afirmam que é melhor garantir apenas uma pequena casa do que perder o investimento já feito na região. “Depois que tiver dentro é outra história, vai aumentando e faz do jeito que sempre sonhou, não corra o risco de tomar tamanho prejuízo”, completa o texto.

Os incentivadores da ocupação irregular ainda afirmam que o chamado kit invasão não é mais considerado habitação. “Não adianta mobiliar a casa encima (sic) da hora, se não tiver água, fossa, dejetos na fossa, caixa d’água é considerado ‘kit invasão'”, apontam.

O assentamento 26 de Setembro faz parte da Macrozona Rural de Uso Controlado, na DF-001, entre Vicente Pires e Brazlândia. A União arrendou a área para chacareiros produzirem, mas o parcelamento irregular vem crescendo no local há muitos anos.

Confira a postagem: 

Um dos pontos mais críticos da invasão é um condomínio que ainda está em fase de construção, em uma área próximo à DF-001 (fotos em destaque e abaixo). Um grande muro já foi construído e há, até, projeto pronto.

Grileiros têm anunciado as terras por altos preços. Conforme documento recebido pela reportagem, o lote é oferecido com valor mínimo de R$ 120 mil.

Veja: 

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As obras não param, mesmo com a fiscalização
Lotes são vendidos a partir de R$ 120 mil
Corrida é contra o tempo para que a DF Legal não derrube novas edificações
Projeto prevê como ocorrerá a invasão
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Muros do condomínio foram erguidos

Material cedido ao Metrópoles
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As obras não param, mesmo com a fiscalização

Material cedido ao Metrópoles
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Lotes são vendidos a partir de R$ 120 mil

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Corrida é contra o tempo para que a DF Legal não derrube novas edificações

Material cedido ao Metrópoles
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Projeto prevê como ocorrerá a invasão

Reprodução
Assentamento já tem mais de 20 anos

Alvo de construções desde 1996, o Assentamento 26 de Setembro cresceu ao arrepio da lei e ultrapassou a marca de 4 mil casas construídas. Estabelecido ilegalmente em um local próximo a Vicente Pires e Taguatinga, o terreno com mais de 1,3 milhão de metros quadrados tem sido alvo de promessas de regularização ao mesmo tempo em que sofre com derrubadas.

De acordo com a Associação de Moradores Núcleo e Cidadania do assentamento, cerca de 30 mil pessoas vivem no local. A mais recente derrubada ocorreu em agosto, coordenada pela DF Legal, para remover construções em andamento. A ação foi apoiada pela Polícia Militar: houve conflitos e pessoas ficaram feridas, incluindo um policial civil, que foi baleado.

Veja imagens das operações recentes: 

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Moradores do Assentamento 26 de Setembro fazem um protesto contra ações do DF Legal na região
Assentamento 26 de Setembro
Assentamento 26 de Setembro
Assentamento 26 de Setembro
Corpo foi encontrado em terreno baldio no Assentamento 26 de Setembro, na Cidade Estrutural
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Ação DF Legal contra Grilagem no DF

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Moradores do Assentamento 26 de Setembro fazem um protesto contra ações do DF Legal na região

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Assentamento 26 de Setembro

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Assentamento 26 de Setembro

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Corpo foi encontrado em terreno baldio no Assentamento 26 de Setembro, na Cidade Estrutural

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Assentamento 26 de Setembro

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Assentamento 26 de Setembro

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Morador do assentamento Igor Muriel Gomes

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Assentamento 26 de Setembro

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Assentamento 26 setembro após derrubadas feitas pelo DF Legal

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Assentamento 26 de Setembro

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Assentamento 26 de Setembro

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Morador do assentamento Igor Muriel Gomes

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Assentamento 26 setembro após derrubadas feitas pelo DF Legal

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Este foi o segundo ônibus incendiado na entrada do assentamento

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Pedras foram lançadas contra veículos que passavam pelo local

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Segundo ônibus queimado nas proximidades do Assentamento 26 de Setembro

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O ônibus fazia a linha Brazlândia - Ceilândia Sul

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