Monkeypox: com mais cinco confirmações, DF se aproxima dos 300 casos
Segundo a Secretaria de Saúde, nenhuma morte foi registrada na capital federal. Maioria dos paciente é do sexo masculino
atualizado
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A Secretaria de Saúde do Distrito Federal (SES/DF) notificou, nesta quinta-feira (20/10), mais cinco casos de infecção pela varíola dos macacos, também conhecida como monkeypox. De acordo com a pasta, no total, foram notificados 292 casos da doença.
Na capital federal ainda não há mortes decorrentes da varíola dos macacos. No Brasil, cinco foram registradas até o momento.
Do total de casos do DF, 281 dos pacientes são do sexo masculino e 11 do sexo feminino. Os exames laboratoriais descartaram outros 689 casos que estavam em investigação. Há ainda 248 casos suspeitos sendo investigados.
A maior parte dos casos está na faixa etária de 20 a 39 anos.
Apenas 11 dos 282 infectados com Monkeypox são mulheres. Saiba por quê
A fim de suprimir dúvidas quanto à transmissão da monkeypox, o Metrópoles explica quatro mitos sobre o assunto:
Mito 1: “Apenas homens gays e bissexuais correm risco de pegar a doença”
Qualquer pessoa que viva ou tenha contato próximo com um paciente com feridas ou bolhas provocadas pelo vírus monkeypox corre risco de se infectar. Isso inclui parentes, parceiros afetivos e sexuais, bem como profissionais da saúde, independentemente do gênero ou da orientação sexual.
O presidente da Sociedade de Infectologia do Distrito Federal, José David Urbaez, explica que o início da transmissão da doença coincidiu com grandes eventos do calendário do orgulho gay e que o vírus encontra nas aglomerações o ambiente perfeito para se disseminar.
“Esse grupo de pessoas, por uma circunstância, estava em maior risco. Poderia ter sido no Carnaval. Muitos fatores fizeram com que o vírus encontrasse uma forma mais eficiente de transmissão. Isso não quer dizer que tenha relação com a orientação sexual”, afirma.
Mito 2: “O vírus não é transmitido pelo ar; logo, não preciso fazer isolamento”
O isolamento faz parte das medidas para conter o surto. O paciente deve permanecer em quarentena por cerca de 21 dias três ou até que todas as lesões estejam completamente cicatrizadas e sem casquinhas, segundo José David Urbaez.
Mito 4: “A varíola dos macacos tem alto risco de morte”
Embora a doença possa causar quadros graves — com dor intensa causada pelas lesões na pele, acometimento da mucosa retal e cicatrizes permanentes por todo o corpo —, a taxa de mortalidade pela infecção do vírus monkeypox está abaixo de 1%.
“Felizmente, a doença tem letalidade muito baixa. Em alguns países da África, a letalidade é mais alta pela falta de acesso ao diagnóstico e ao tratamento, situação completamente diferente da nossa realidade”, pondera José David Urbaez.
Pessoas com o sistema imunológico comprometido, recém-nascidos e crianças muito novas correm risco de desenvolver quadros mais graves quando infectadas. No entanto, na maioria dos casos, os sintomas evoluem e desaparecem por conta própria em algumas semanas.
“No passado, entre 1% e 10% das pessoas com varíola dos macacos morreram. É importante notar que as taxas de mortalidade em diferentes contextos podem diferir devido a uma série de fatores, como o acesso aos cuidados de saúde”, comunicou a OMS.