Mochila que levantou suspeita de bomba em Brasília só tinha roupas
Esquadrão antibomba da PM e Corpo de Bombeiros foram acionados e verificaram mochila no Setor Hoteleiro Norte
atualizado
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A suspeita de bomba levantada nesta terça-feira (27/12) em Brasília não se confirmou. A mochila que havia sido abandonada no Setor Hoteleiro Norte (SNH), por volta das 16h, tinha apenas roupas, segundo o coronel Fábio Augusto, da Polícia Militar do Distrito Federal.
O esquadrão antibomba da Polícia Militar precisou ser acionado. O Corpo de Bombeiros também acompanhou a ação. O objeto foi deixado na Quadra 5 do SHN, próximo ao depósito de gás de um dos hotéis, e deu início à Operação Petardo. Havia grande movimento de autoridades hospedadas nas proximidades, por conta da posse do presidente eleito Luiz Inácio Lula da Silva (PT).
Testemunhas disseram que a funcionária de um dos hotéis do setor observou o suspeito pelas câmeras de segurança e chamou a polícia. Ele teria deixado a mochila no jardim do hotel e saído do local caminhando. Um robô averiguou, por meio de um raio-X, qual o conteúdo de dentro da mochila. Esse equipamento faz várias “varreduras” em volta ao artefato.
A polícia evacuou totalmente o hotel mais próximo do local da mochila. A área também foi isolada.
Outros casos
O Metrópoles mostrou mais cedo que a PMDF atendeu um total de 12 ocorrências de suspeita de bomba neste ano na capital. Apenas nos últimos três dias, às vésperas da posse de Lula, foram quatro acionamentos. O chamado de hoje foi a 13ª ocorrência.
Em apenas cinco das 12 ocorrências anteriores atendidas pela PM neste ano os artefatos realmente eram explosivos. Nas outras situações foram falsas ameaças. De sexta-feira (23/12) a domingo (25/12), a Polícia Militar atuou em quatro casos do tipo. Em dois deles, havia bombas reais.
O caso recente que mais chocou ocorreu no último sábado (24/12). A PMDF recolheu um explosivo nas proximidades do Aeroporto Internacional de Brasília. Ele estava em um caminhão-tanque que iria para o terminal.
O responsável pela tentativa de ataque foi o empresário bolsonarista George Washington de Oliveira Sousa, 54 anos, que planejava cometer atentados em Brasília, como disse em depoimento à Polícia Civil do Distrito Federal (PCDF). Ele chegou a afirmar que estava “preparado para matar ou para morrer”. O empresário foi preso com arsenal composto por armas e explosivos, na véspera de Natal.