Ministra cita Sol Nascente e Lago Sul em post sobre racismo ambiental
Anielle Franco, ministra da Igualdade Racial, postou foto comparando Sol Nascente e Lago Sul: “Precisamos falar sobre racismo ambiental”
atualizado
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A ministra Anielle Franco, da Igualdade Racial, postou uma imagem comparando Sol Nascente com Lago Sul, duas cidades do Distrito Federal, para defender o debate sobre racismo ambiental, tema alvo de polêmicas nas redes. No X, antigo Twitter, Anielle compara a arborização das duas regiões administrativas da capital, cita a concentração de pessoas negras em cada uma delas e levanta: “Precisamos falar sobre racismo ambiental nas cidades”.
Em vista aérea, a imagem publicada mostra como a arborização presente no Lago Sul, área nobre de Brasília, é distante da realidade de Sol Nascente. “Isso não é natural”, escreveu a ministra Anielle Franco.
O termo “racismo ambiental” foi usado pela ministra para nos últimos dias para debater causas dos temporais que atingiram a região metropolitana da cidade do Rio de Janeiro (RJ), que deixaram 12 mortos, um desaparecido e diversos prejuízos para a população. “Estou acompanhando os efeitos da chuva nos municípios do Rio e o estado de alerta com as iminentes tragédias, fruto também dos efeitos do racismo ambiental e climático”, disse a ministra.
A fala gerou críticas da oposição, que questionou o uso do termo, e causou uma explosão de pesquisas sobre a expressão, segundo dados do Google Trends. Após a repercussão, a ministra publicou um vídeo explicando a relação entre as chuvas e o racismo ambiental.
“Quando a gente olha os bairros e municípios que foram mais atingidos, a gente vê algo que eles todos têm em comum, que são áreas mais vulneráveis. Qual é a cor da maioria das pessoas que vivem nesses lugares?”, questiona Anielle.
“Isso acontece porque uma parte da cidade, do estado, não tem a mesma condição de moradia, de saneamento, de estrutura urbana do que a outra. Também não é natural que esses lugares tenham ali a maioria da sua população negra. Isso faz parte do que a gente chama e define de racismo ambiental e os seus efeitos nas grandes cidades”, explica.