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“Minha filha renasceu”, diz mãe de jovem arrastada por carro no Lago Sul

Doze dias após acidente que a deixou em estado gravíssimo, Paula Thays acordou no hospital e disse que motorista a “desmontou”

atualizado

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1 de 1 mulher - Foto: Reprodução

Após ser arrastada por 4 km em um grave acidente no Lago Sul e ficar em estado gravíssimo, sedada e intubada, Paula Thays Gomes Oliveira (foto em destaque), 18 anos, acordou, recebeu visita da família e está consciente no Hospital de Base do Distrito Federal (HBDF). Em entrevista ao Metrópoles na manhã desta sexta-feira (28/8), a mãe dela, Marilene Gomes, disse que a filha “renasceu”.

A jovem teve politrauma, perdeu parte da mama, amputou a mão esquerda e sofreu diversas lesões. A vítima também sofreu queimaduras por abrasão (provocada por fricção no asfalto) e fratura exposta nos joelhos.

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Advogado Eraldo Clemente
Segundo a defesa, o condutor alega ter sofrido um "apagão"
Ele fugiu após o crime
Ele chegou na unidade policial acompanhado dos advogados
Ele prestou depoimento na 10ª DP
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Motorista envolvido em acidente se apresentou na 10ª DP, dois dias após o acidente

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Advogado Eraldo Clemente

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Segundo a defesa, o condutor alega ter sofrido um "apagão"

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Ele fugiu após o crime

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Ele chegou na unidade policial acompanhado dos advogados

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Ele prestou depoimento na 10ª DP

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“Ela se lembra de tudo. Nos contou como foi o acidente. Sentiu muita raiva e chorava o tempo todo. Pedi para ela parar de contar a história e expliquei que o pior já passou. Eu não consegui ouvir ela relembrar tudo aquilo. Me bateu angústia e vontade de chorar também, mas eu não podia. Não podia chorar ali, ela precisa que eu seja forte”, desabafou a mãe.

Aos familiares, Paula contou que foi arrastada e o motorista a “desmontou”. “Ela dizia que estava toda desmontada, sem parte do braço, sentido dores e toda enfaixada. Também lembrou do momento em que chegou ao hospital, ouviu pessoas dizendo que ela não ia sobreviver”, detalhou Marilene à reportagem.

Apesar de indignada e preocupada com a situação da filha, Marilene prefere ressaltar as boas notícias. Contou orgulhosa que conseguiu alimentar a filha no hospital. “Quando chegou o lanche, eu fiz questão de dar a ela. Conseguiu comer dois biscoitos e bebeu um suco. É um milagre ter a minha filha comigo. Vamos fazer o possível para ela se recuperar o quanto antes”, ressaltou.

Paula está recebendo acompanhamento psicológico, mas os médicos orientaram a polícia afirmando que ainda não é o momento de realizar a oitiva da vítima. As investigações são comandadas pela 10ª Delegacia de Polícia (Lago Sul). O delegado-chefe da unidade, Wellington Barros, afirmou que só vai se pronunciar após a conclusão do caso.

Questionada se a família recebeu algum auxílio do motorista responsável pelo acidente, Marilene disse que nem sequer o conhece e que ninguém a procurou. “Arrastou a minha filha como se fosse lixo. Pedi perdão a ela por não estar lá naquele momento, não poder cuidar dela. Mas entregamos nas mãos de Deus e esperamos justiça”, garantiu.

Acidente
A jovem estava com o namorado de moto quando foi atropelada pelo funcionário comissionado do Senado Federal Caio Ericson Ferraz Pontes de Mello, 32. O acidente ocorreu no último dia 16, na altura da QI 19 do Lago Sul.

O Metrópoles revelou que o motorista, anteriormente, esteve envolvido em outros três acidentes, segundo registros da Polícia Civil do Distrito Federal (PCDF). Além disso, Caio Mello já foi autuado por várias infrações de trânsito.

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A 10ª Delegacia de Polícia cuida do caso
O carro que atingiu o casal no Lago Sul estaria disputando um racha
Local onde ocorreu o acidente
Hospital de Base
CBMDF foi acionado para a ocorrência
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O motorista do carro envolvido se apresentou no dia 18, dois dias depois do acidente

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A 10ª Delegacia de Polícia cuida do caso

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O carro que atingiu o casal no Lago Sul estaria disputando um racha

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Local onde ocorreu o acidente

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Hospital de Base

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CBMDF foi acionado para a ocorrência

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Jovem foi encontrada a 4km do local da colisão com fratura exposta no braço esquerdo

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Paula Thays teve uma das mãos amputada

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Paula Thays e Douglas

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Imprudência

As batidas nas quais o motorista do automóvel está envolvido constam como sem vítimas. A primeira delas ocorreu em agosto de 2016, na quadra comercial da 107/108 Sul. No ano passado, foram duas ocorrências: uma em abril, na Via Estrutural, e outra em agosto, no Setor Militar Complementar. Em 2006, ele ainda foi acusado de desacato.

Os arquivos do Departamento de Trânsito do DF (Detran-DF) mostram pelo menos 17 infrações cometidas a partir de 2008, quando Caio tinha 20 anos. A violação mais comum do responsável pelo acidente que acabou causando a amputação da mão de Paula Thays Gomes de Oliveira, 18, é a de andar em velocidade acima do permitido.

Em nove oportunidades, o funcionário comissionado do senador Lucas Barreto (PSD-AP) foi flagrado excedendo o limite da via em até 20%. Em outra infração, ele descumpriu a velocidade máxima entre 20% e 50%. Outras duas autuações vieram após ultrapassar o limite por mais de 50%, o que significa que em uma via de 60 km/h, por exemplo, ele estaria trafegando acima de 90 km/h.

As outras cinco infrações são por andar na contramão, dirigir sob influência de álcool por duas vezes, avançar o sinal vermelho ou placa de parada obrigatória.

Em uma dessas oportunidades em que foi parado por embriaguez, Caio acabou com a carteira de habilitação suspensa. A decisão foi publicada no Diário Oficial do DF em 2009.

Isso significa que, se o motorista tivesse ficado no local do acidente, ele poderia ter sido preso em flagrante. A polícia investiga se o condutor disputava um racha durante o acidente no Lago Sul.

Procurada, a defesa de Caio não se manifestou sobre os casos até a última atualização desta reportagem. Ao se apresentar na delegacia, o funcionário comissionado do Senado alegou que teve um “apagão” e não se lembra do acidente.

 

 

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