Militar da reserva morto segurava duas armas, diz PMDF
Corporação deu mais detalhes do caso ocorrido durante a madrugada e que resultou na morte do homem, que teria surtado e agredido a mulher
atualizado
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A Polícia Militar do Distrito Federal (PMDF) divulgou nota na manhã desta quinta-feira (14/05) com esclarecimentos sobre o caso do militar da reserva morto nesta madrugada, na Asa Norte. De acordo com a nota, a corporação foi acionada por volta das 21h30 de quarta-feira (13/05) porque uma senhora estaria sendo agredida pelo marido e ameaçada com arma de fogo.
“Quando a equipe do 3º Batalhão chegou ao local, a esposa abriu a porta e os policiais entraram na sala para entender o que acontecia, quando apareceu o marido com duas armas na mão”, aponta o comunicado da PMDF.
Os policiais decidiram, então sair do apartamento para evitar um mal maior. Com conversa, conseguiram distrair o agressor e resgatar a mulher. “O homem de 69 anos, que é tenente reformado da PMDF, havia agredido a esposa. De acordo com ela, o marido estava muito alterado. Foi acionada a Operação Gerente da Polícia Militar”, continua a nota.
Então, policiais do Batalhão de Operações Especiais (Bope) ouviram dois disparos. Continuaram as negociações, mas nenhuma resposta foi obtida. Pelo contrário, a porta da residência se abriu de leve e o homem disparou contra os militares.
“Neste momento, houve dois disparos por parte dos policiais do Bope para evitar que ele acertasse a equipe. Os militares precisaram revidar a injusta agressão em legítima defesa“, explica o comunicado. Depois, viram que ele estava caído no chão, com as duas armas de fogo.
O Corpo de Bombeiros do DF (CBMDF) chegou ao apartamento e confirmou a morte do militar da reserva. Segundo a esposa, ele estava transtornado e passava por problemas pessoais.
“A Polícia Militar adotou todos os procedimentos protocolares previstos para esses casos, sempre com a preocupação de preservar a vida. Porém, o agressor não cedeu”, reforça a nota da PMDF.
O caso
A situação ocorreu entre a noite de quarta (13/05) e a madrugada de quinta-feira (14/05). O casal residia no Bloco D da 111 Norte. Os policiais tentaram a negociação durante oito horas.
O Metrópoles acompanhou o desfecho do caso, que começou com uma denúncia de violência doméstica na noite de quarta-feira (13/05). Segundo o major da Polícia Militar do DF Lúcio Flávio, a equipe tática da corporação, que prestava apoio aos negociadores, agiu em “legítima defesa”.
O homem era tenente da reserva da própria da PMDF e morava no imóvel com a mulher. Segundo vizinhos, ela é a síndica do prédio.
Ao menos quatro tiros teriam sido disparados dentro do apartamento, que fica no primeiro andar, na noite de quarta-feira (13/05). A mulher estaria dentro do imóvel no momento. Contudo, momentos após os tiros, ela foi vista do lado de fora do edifício, ao lado de policiais militares, que foram acionados para atender a ocorrência.
Na manhã desta quinta, a mulher prestou depoimento na 2ª Delegacia de Polícia (Asa Norte).
Segundo o delegado-chefe da 2ª DP, Laércio Rossetto, o homem foi morto por militares do Bope, que reagiram aos disparos efetuados pelo militar da reserva.
“Havia o negociador no apartamento no momento dos disparos. Ele disse que não ia se entregar e disparou contra os militares do Bope e eles tiveram que reagir, o atingindo”, explicou o policial civil.