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Meu filho perde a vaga se não levá-lo a creche pública durante a pandemia?

Pelo cronograma do GDF, esses estabelecimentos devem reabrir dia 28 de setembro, mas muitos pais estão inseguros

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Hugo Barreto/Metrópoles
Criança em creche
1 de 1 Criança em creche - Foto: Hugo Barreto/Metrópoles

Mães e pais de crianças matriculadas em creches públicas e conveniadas estão com uma dúvida: caso o Governo do Distrito Federal (GDF) reabra os estabelecimentos em 28 de setembro, eles terão a opção de não enviar os pequenos de volta para as salas de aula sem o risco de perder a matrícula? Segundo a Secretaria de Educação do DF (SEEDF), a resposta é não. A pasta garante que irá respeitar o temor dos pais.

O Sindicato dos Professores em Estabelecimentos Particulares (Sinproep) e o governo negociam a reabertura das creches. A associação sugeriu ao Executivo a adoção de um protocolo de segurança sanitária para o regresso durante a pandemia do novo coronavírus.

O DF enfrenta o déficit histórico de falta de vagas na rede pública. Atualmente, faltam mais de 20 mil. Por isso, muitos pais ficaram receosos de o GDF retirar os pequenos da lista de matriculados caso decidam não encaminhá-los aos estabelecimentos de ensino antes do fim da pandemia de Covid-19.

“A Secretaria de Educação esclarece que nenhuma criança perderá a vaga. A SEEDF está trabalhando para seguir todos os protocolos de saúde a fim de que o ambiente das creches públicas e parceiras esteja seguro para receber as crianças e os pais possam ficar tranquilos”, ressaltou a pasta, em nota enviada ao Metrópoles.

De acordo com a secretaria, haverá um período de adaptação, principalmente para os bebês, assim como é feito no início de cada ano letivo. Segundo a pasta, os protocolos para testagem de servidores e funcionários serão estabelecidos pela Secretaria de Saúde do DF.

Escolha dos pais

O protocolo de reabertura das creches proposto pelo Sinproep deixa claro: a volta para sala de aula não deve ser obrigatória. Segundo o diretor jurídico do sindicato, Rodrigo de Paula, essa é uma das principais exigências da instituição. Além disso, a associação cobra investimento do GDF na adequação dos espaços infantis e na testagem dos funcionários.

Na leitura do presidente da Associação de Pais e Alunos das Instituições de Ensino do DF (Aspa), Alexandre Veloso, o diálogo entre o Sinproep e o GDF é positivo. “Isso mostra que estão sensíveis à situação. Tem que privilegiar os destinatários dos serviços: as crianças, os pais, as famílias. E sempre priorizando a segurança”, ponderou.

Do ponto de vista de Veloso, a opção pelo retorno deve ser sempre dos pais. “Não vejo como penalizar os pais nesse sentido. Não se trata de abandono ou desistência. Vivemos um momento atípico de pandemia”, argumentou.

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