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Metroviários do DF entram em greve a partir desta segunda-feira (19/4)

Em assembleia, ficou decidido que 60% da categoria vai trabalhar nos horários de pico e apenas 40% no restante do expediente

atualizado

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Daniel Ferreira/Metrópoles
Greve dos metroviários – Brasília(DF), 15/08/2016
1 de 1 Greve dos metroviários – Brasília(DF), 15/08/2016 - Foto: Daniel Ferreira/Metrópoles

Sindicato dos Trabalhadores em Empresas de Transportes Metroviários do DF (SindMetrô) decidiu entrar em greve a partir desta segunda-feira (19/4), por tempo indeterminado.

Após assembleia que só terminou na madrugada desta segunda, a categoria optou por não aceitar a proposta da Companhia do Metropolitano do Distrito Federal (Metrô-DF) e vai paralisar os trabalhos, mantendo apenas 60% dos trabalhadores em seus postos nos horários de pico e 40% em horas normais.

A categoria pede o restabelecimento do Acordo Coletivo de Trabalho (ACT). E vai ao Tribunal Regional do Trabalho (TRT) para pedir a revisão de decisão judicial e tentar reduzir o percentual de funcionamento obrigatório de 60%, nos horários de pico, para 30% do quadro funcional.

O principal gatilho para o movimento paredista foi o corte do auxílio-alimentação no início de abril. “Nosso benefício é de R$ 1,2 mil, e o Metrô cortou. Não quiseram negociar nem diante do TRT. Além disso, querem cortar nosso plano de saúde e nossa previdência. São benefícios conquistados no Acordo Coletivo de Trabalho”, afirmou a diretora de administração do SindMetrô, Renata Campos.

Durante a assembleia, a metroviária Tânia Viana fez um apelo ao citar o período de pandemia de Covid vivido no mundo. “As pessoas estão com o risco de perder o plano de saúde. É irresponsabilidade com vidas. Não só com as nossas, mas das 160 mil pessoas que carregamos todos os dias”, disse. No sábado (17/4), morreu o primeiro metroviário do DF em decorrência da Covid, o inspetor de tráfego Paulo de Ávila e Silva Neto.

Segundo Renata Campos, não há qualquer pedido de aumento salarial ou de recomposição. “Só queremos manter o que já temos”, frisou. “A proposta do Metrô-DF veio apenas sugerindo o diálogo. Mas estamos dialogando há dois meses e não houve avanços”, completou.

Além disso, os metroviários não concordam com o corte da quebra de caixa – verba destinada a cobrir os riscos assumidos pelo empregado que lida com manuseio constante de dinheiro, como a venda de bilhetes.

“É uma cláusula histórica. Existe uma súmula no TST [Tribunal Superior do Trabalho]. Segundo a Corte, quem opera as bilheterias do metrô têm direito à quebra de caixa, assim como os caixas de banco, pois operam com dinheiro”, completou Renata.

Durante as negociações mediadas pelo TRT-10, foi sugerido que houvesse a prorrogação por, pelo menos, mais 30 dias dos benefícios do Acordo Coletivo de Trabalho que estava vigente, a fim de que a negociação tenha continuidade com mais calma. No entanto, o Metrô-DF não concordou.

O que diz o Metrô

Por meio de nota, o Metrô-DF disse ter entrado com pedido de liminar, que foi deferida pelo TRT, para garantir o funcionamento do sistema com o máximo de trens possível. O TRT estipulou que a categoria deve assegurar 60% dos trens em circulação nos horários de pico.

“A companhia seguirá tomando todas as providências judiciais e administrativas cabíveis para evitar maiores transtornos à população do Distrito Federal”, diz trecho do comunicado.

Ainda no documento, o Metrô-DF afirmou: “Lamentamos que os metroviários deflagrem uma greve em plena pandemia de Covid-19, sem ao menos votar a última proposta para o ACT 2021-2023 apresentada pela companhia”.

O Metrô pontua que o corte do auxílio alimentação e de quaisquer outros benefícios não tem vinculação com o ACT atual. Refere-se, segundo a companhia, ao fim da validade da sentença normativa, que vigorava como liminar até 31/3.

A companhia completa que o auxílio e os demais benefícios estão assegurados na proposta para este ACT.

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