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Mesmo sem permissão, obras do “Parcão do Noroeste” começam nesta quarta

Associação de Moradores aguarda permissão do GDF desde 2018. Estratégia será construir o parque e pedir regularização depois

atualizado

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Arquivo pessoal
Nalu parque noroeste
1 de 1 Nalu parque noroeste - Foto: Arquivo pessoal

Há dois anos aguardando permissão da Administração do Plano Piloto para criação de um parque para cães, a Associação de Moradores do Noroeste (Amonor) decidiu começar a construção do espaço nessa quarta-feira (2/9). O local será destinado para que os residentes passeiem com os animais de estimação e está previsto para ser entregue em 15 dias.

Segundo a associação, o local, que fica na Quadra 310, terá área de 600m². A instalação da infraestrutura está prevista para custar entre R$ 20 mil e R$ 30 mil. “O valor foi levantado pela Amonor, em parceria com uma construtora”, revela Antonio Custódio Neto, presidente da entidade.

De acordo com ele, o processo de permissão foi aberto junto à Administração do Plano Piloto em 2018. “Não chegaram nem a negar a liberação”, frustra-se Neto. “Já que o Estado não faz, a comunidade se organiza e, dentro das leis, faz”, determina o presidente da associação, que também é advogado.

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Área do local será de 600m² e custará entre 20 e 30 mil reais para instalação
E também um piquenique com a família em uma das áreas verdes
Sempre de coleira, Nalu e João passeiam pelo Noroeste até 3 vezes ao dia
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Parcão da 10, como está sendo chamado, será localizado em área verde na Quadra 310 do Noroeste

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Área do local será de 600m² e custará entre 20 e 30 mil reais para instalação

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E também um piquenique com a família em uma das áreas verdes

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Sempre de coleira, Nalu e João passeiam pelo Noroeste até 3 vezes ao dia

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A estratégia agora será concluir a obra e, uma vez terminada, solicitar a regularização do espaço na administração da cidade. Para a associação, isso se justifica, pois o “espaço que já é utilizado pela comunidade. Só iremos fornecer infraestrutura. Sem ônus para o Estado e nem para o projeto arquitetônico e urbanístico”, diz Neto.

A Administração do Plano diz que a solicitação da Associação de Moradores do Noroeste (Amonor) foi encaminhado a Secretaria de Desenvolvimento Urbano e Habitação (Seduh) para análise técnica. Ainda conforme a assessoria da administração regional, o processo já teria, inclusive, recebido parecer contrário da pasta, pois “não existe uma previsão [de criação da área] no planejamento urbanístico da região.” A Seduh contudo, ainda não respondeu o Metrópoles quanto o andamento dessa análise – o espaço segue aberto a manifestações.

Por fim, conforme afirmação da Administração do Plano Piloto, qualquer obra executada sem o devido licenciamento está passível de embargo.

Solução para incidentes

“O bairro tem muito animal doméstico e crianças”, afirma o presidente da Amonor, no cargo desde 2013. Segundo o Neto, inúmeros ataques de animais contra outros cães, gatos e crianças já aconteceram no Noroeste, uma vez que muitos moradores não mantém os pets controlados. “Eles se reúnem em áreas verdes e soltam os cachorros nesses espaços ou nas quadras poliesportivas, que não são destinadas para isso”, conta.

Apesar de campanhas de conscientizações terem sido feitas, elas não surtiram efeito no curto prazo. “Seria necessário aplicação de multas para gerar resultados”, avalia Neto.

A hóspede de João e Fernanda Ebling, Nalu, seria uma das beneficiadas pelo parque. De acordo com o casal, eles descem com a shitzu de duas a três vezes por dia e, apesar de não ser uma cachorra agressiva, Nalu está sempre de coleira.

“Ela ama brincar e, levando isso em conta, é mais seguro usarmos a coleira para respeitar os demais moradores e cachorros que podem não querer que ela se aproxime”, justifica João.

Contudo, o casal presenciou outros animais de estimação soltos pelo Noroeste e, por pouco, não fizeram parte de mais um acidente. “Dois cachorros sem coleira vieram para cima da Nalu e eu tive que pegá-la no colo”, relembra o jovem, que abriga Nalu provisoriamente para amigos.

De acordo com João, além de estar sem máscara, o dono dos animais estava ao telefone e não prestava atenção aos cachorros, que pulavam para alcançar a shitzu em seu colo. “Depois disso, alertei e reclamei com o dono. E o comentário do dono foi: ‘Mas eles sempre ficam soltos’”, desabafa João.

Casado há menos de um ano, Fernanda e João acreditam que o parque melhoraria a vida dos moradores com animais de estimação. “Com os devidos cuidados, seria uma ótima oportunidade para socializar e fazer atividades, já que apartamento tem um espaço bem restrito”, afirma o marido.

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