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Mesmo na pandemia, número de nascimentos dispara no DF em março

Ao mesmo tempo, o total de mortes na capital do Brasil cresceu por conta da Covid e tendência ainda é de agravamento da crise sanitária

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1 de 1 Recém-nascido - Foto: Rafaela Felicciano/Metrópoles

Mesmo na pandemia de Covid-19, o número de nascimentos ainda cresce no Distrito Federal. Segundo a Associação Nacional dos Registradores de Pessoas Naturais (Arpen-Brasil), houve aumento no total de partos no mês passado.

Entre 2003 e 2019, a média de nascimentos de março foi de 4.261. No mesmo mês de 2020, foram registrados 4.375 – um aumento de 10,2%. Neste ano, foram 4.503 registros no período, ou seja, crescimento de 10,5%.

Mas o vírus disparou as mortes. Analisando 2019, março teve média de 982. Em 2020, na pandemia, foram 1.302, representando crescimento de 13,25%. No mesmo mês de 2021, o total de óbitos chegou a 2.534; aumento de 258,04%.

Segundo o presidente da Arpen-Brasil, Gustavo Fiscarelli, o DF é uma exceção no panorama nacional. Na maioria das unidades da Federação, não houve crescimento no total de nascimentos no mesmo ritmo que em Brasília.

Em alguns estados, houve queda ou estabilidade de nascimentos. “Famílias tinham um planejamento familiar e precisaram retardá-lo por todas as situações, incerteza, medo… Adiaram o sonho da filiação”, resumiu Fiscarelli.

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Em março de 2021, o DF registrou 4.503 nascimentos
O percentual de mortes registrou aumento de 258,04%, durante março
No total, o DF perdeu 2.534 vidas ao longo do mês
Com o sufocamento da rede de Saúde, a tendência ainda é de piora
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Mesmo na pandemia, número de nascimento teve crescimento de 10,5% em março, no DF

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Em março de 2021, o DF registrou 4.503 nascimentos

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O percentual de mortes registrou aumento de 258,04%, durante março

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No total, o DF perdeu 2.534 vidas ao longo do mês

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Com o sufocamento da rede de Saúde, a tendência ainda é de piora

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Pelas contas da Arpen, o número de mortes superou os nascimentos em algumas localidades, como o Rio Grande de Sul, em março deste ano; o Rio de Janeiro, entre o final de 2020 e o começo de 2021; e Amazonas, em abril de 2020.

Tendência

Do ponto de vista do presidente da Arpen, a tendência no DF é de estabilidade ou queda no nascimentos. Os partos de março vêm de concepções ocorridas em maio e junho de 2020, quando a pandemia estava estabelecida.

“Mas você não tinha o sufocamento do sistema público e esgotamento de leitos. Ainda se vivia com alguma paz. Hoje não. No fim do ano, vamos verificar; talvez você tenha uma diminuição acentuada dos nascimentos”, pontuou.

No caso das mortes, a tendência é de alta das perdas. “Nos números absolutos de mortes no Brasil no ano passado, a gente tem um incremento de quase 300 mil mortos por Covid”, lembrou. “Eu acredito que a gente ainda está vivendo esse novo pico. Março foi isso. Abril se desenha. Os números nos cartórios continuam altíssimos”, ponderou.

Impacto

Na avaliação de Fiscarelli, a redução de nascimentos e o aumento das mortes vai impactar o DF e o Brasil a médio e longo prazos. “A gente está falando de uma ruptura. Neste cenário, o que acontece? A população envelhece”, resumiu.

Com o envelhecimento, afirma, a sociedade perde força de trabalho jovem, o que traz impactos à economia, como aumento da pressão sobre a Previdência Social e nas políticas de assistência social. “Querendo ao não, você tem a redução da população economicamente ativa”, disse o especialista.

Mas, para Fiscarelli, após o controle da crise sanitária, existe a esperança da volta dos nascimentos e queda das mortes. A recuperação do equilíbrio, contudo, demanda tempo. “O que caiu em um ano, você não recupera em outro. Vai conseguir recuperar em alguns anos. Essas são as consequências”, concluiu.

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