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Mesmo com indefinição, escolas privadas fazem guia de retorno para dia 27

Documento elaborado pelo Sinepe aponta diretrizes para que as instituições privadas do DF façam a volta híbrida das aulas devido à Covid-19

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portao escola privada - catraca - sigma
1 de 1 portao escola privada - catraca - sigma - Foto: Rafaela Felicciano/Metrópoles

Mesmo diante da indefinição sobre abrir ou fechar atividades no Distrito Federal a fim de conter o avanço do novo coronavírus, as escolas particulares elaboraram um documento com regras, sugestões e princípios a serem seguidos quando o retorno presencial ocorrer. Autor do Guia das Escolas Particulares: Adoção de Ensino Híbrido, o Sindicato dos Estabelecimentos Particulares de Ensino (Sinepe) manteve o calendário previsto, com primeiro retorno para o dia 27 de julho.

O documento, concluído nesta quinta-feira (9/7) e divulgado em primeira mão para o Metrópoles, prevê o retorno das aulas presenciais, para os pais que desejarem, começando com a educação infantil e o ensino médio, no dia 27. Para os estudantes do ensino fundamental e da educação profissional, a volta é em 3 de agosto. Os anos finais do ensino fundamental (6º ao 9º) votariam em 10 de agosto.

“O guia foi criado para estarmos prontos na totalidade quando o retorno ocorrer. Esse guia consolida toda uma referência bibliográfica, dando sustentação técnica científica para o retorno com a maior segurança possível. Nossa intenção é que o aluno e os pais se sintam mais seguros em relação à Covid-19 do que em casa”, disse o presidente do Sinepe, Álvaro Domingues.

Ele ainda ressaltou que o cronograma previsto no guia pode ser alterado a depender de uma decisão da Secretaria de Educação do DF. “Essa é a versão um, mas podemos ter a versão dois e faremos as atualizações de acordo com o que a Secretaria de Educação prever em coronograma”, completou.

Veja o cronograma previsto no guia:

cronograma de volta às aulas escolas privadas

Segundo o documento, a unidade escolar que não conseguir manter pelo menos 1,5 metro de distanciamento entre os alunos pode recorrer ao ensino híbrido: com parte dos estudantes em aulas presenciais e outra parte, em casa, com acesso remoto.

As unidades escolares poderão ainda definir retorno ou faixa etária de retorno com datas diferenciadas e posteriores à da proposta, para que se organizem atendendo, da melhor forma, às necessidades de protocolo, ajustando-o à sua realidade.

Além disso, a previsão é que estudantes, professores e demais colaboradores que se enquadram no grupo de risco participem das rotinas escolares remotamente.

Cada escola deverá definir entre o modelo alternado, híbrido, integral, opcional ou remoto. Confira o que significa cada um:

Modelo do Sinepe para retorno às aulas
Modelo do Sinepe para retorno às aulas

 

Além disso, todas as instituições devem atender rigorosamente a todos os protocolos e medidas de segurança constantes no Decreto Distrital nº 40.939, de 2 de julho de 2020, ou na regulamentação específica da atividade, que pode ser publicada em momento posterior. Além de elaborar o próprio Protocolo de Medidas de Prevenção à Covid-19.

Decreto suspenso

Até o início desta semana, a previsão para retorno das aulas híbridas na rede privada para o dia 27 de julho estava em decreto assinado pelo governador Ibaneis Rocha (MDB). Porém, diversas reviravoltas deixaram a população confusa. O decreto com o cronograma foi suspenso após ação popular.

Nessa quinta-feira (9/7), no entanto, o desembargador do Tribunal de Justiça do Distrito Federal e Territórios (TJDFT) Eustáquio de Castro acatou pedido do Governo do Distrito Federal (GDF) e suspendeu a decisão liminar que interrompeu o cronograma de reabertura de atividades comerciais, como academias, salões de beleza e restaurantes, e da retomada das aulas nas redes pública e particular de ensino do DF.

A decisão não garante o retorno do antigo calendário. É necessária uma nova publicação do governador em Diário Oficial dizendo o que será feito. Isso não havia ocorrido até as 18h30 desta sexta-feira (10/7). Após publicação desta matéria, a Secretaria de Educação informou que as aulas retornarão em 27 de julho e que o calendário está aprovado.

Para as escolas públicas, o secretário de Educação do Distrito Federal, Leandro Cruz, informou à Coluna Grande Angular, nesta sexta-feira (10/7), que, antes de os alunos voltarem para as salas de aula, os professores passarão por testes para detectar o novo coronavírus. Ele disse ainda que um novo calendário será publicado.

“A partir do dia 3 de agosto está autorizado o retorno das atividades pedagógicas na escola. Nós testaremos os professores, prepararemos todos os protocolos, e teremos uma volta gradual e segura para nossos estudantes, professores, servidores e para toda a comunidade da educação”, afirmou.

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