Mesmo com avanço da Ômicron, 200 mil não tomaram a 1ª dose no DF
Segundo o vacinômetro, mais 280 mil pessoas já tomaram a dose de reforço diante da chegada da nova variante da Covid-19
atualizado
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A chegada da variante Ômicron acendeu nova luz de alerta na luta contra a pandemia de Covid-19. No entanto, a vacina ainda não chegou no braço de toda população do Distrito Federal, isso porque, segundo a Secretaria de Saúde, 225 mil não receberam a 1ª dose ou a aplicação única da vacina. O número leva em consideração a população apta para se imunizar, um total de 2.578.420.
Ainda segundo os dados da pasta, entre os vacinados com a 1ª dose, 220 mil acima de 12 anos ainda não receberam a D2. Diante da ameaça da Ômicron e seguindo o Ministério da Saúde, a Secretaria de Saúde reduziu o período para aplicação da dose de reforço de 5 para 4 meses. Quanto a dose de reforço. 11,86% da população permitida já imunizou-se.
“Com a antecipação, agora são 693.478 moradores do Distrito Federal aptos a receberem a dose de reforço. Até o domingo (19), 274.060 pessoas compareceram aos locais de vacinação. Os dados da cobertura vacinal apontam que 11,86% do público já tomou a terceira dose ou dose adiciona”, informou a Secretaria de Saúde.
Vacinação no DF:
Segundo a infectologista Ana Helena Germoglio, a vacinação é fundamental para manter o controle da pandemia. “A situação é mais confortável em relação ao ano passado. Os brasileiros aderiram muito a vacinação. Mas não podemos esquecer de estar na expectativa de muitas festas a partir da próxima semana e do Carnaval. E precisamos observar o que está acontecendo em outros países”, ponderou a especialista.
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De acordo com Germoglio, não existe contraindicação para a redução do intervalo da aplicação das doses de reforço. Inicialmente, o prazo era de seis meses. “É uma ação bem vista. E precisamos cuidar principalmente dos mais vulneráveis, das gestantes, idosos e imunossuprimidos”, pontuou. Para a infectologista, a chegada da variante Ômicron no DF reforça a necessidade da vacina no braço da população.
“Já se sabe que para combater essa nova variante o ideal é ter as três doses para garantir a produção eficaz de anticorpos”, afirmou. Do ponto de vista da especialista, a Secretaria de Saúde deve empregar ações robustas para sensibilizar a consciência de quem ainda não se vacinou, incluindo a busca ativa. Outra possibilidade é a exigência do passaporte vacinal para viagens e acesso aos locais públicos.
“Acredito também que tem gente que se vacinou fora do DF e não está contabilizado. Mas precisamos de mais ações para lembrar as pessoas da importância da vacinação. Também é preciso informar mais. Muito coisa está mudando muito rápido, como o prazo para a aplicação da dose de reforço. Isso é importante para não gerar dúvidas. E se as pessoas ficarem frustradas, tendem a não procurar o posto ou demorar para buscar a vacina”, contemporizou.
Quase 100%
Segundo estudo do Hospital das Clínicas de São Paulo, em parceria com o Instituto Todos pela Saúde, a 3ª dose da vacina contra Covid-19 aumenta a produção de anticorpos para 99,7%. A pesquisa foi feita com Um estudo com 1.310 funcionários do hospital. A análise de dosagem de anticorpos foi feita duas semanas após a aplicação do reforço. Com a antecipação, no DF, 693.478 pessoas estão aptas a receber a dose complementar.
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Até a noite de terça-feira (21/12), o DF havia registrado 16 casos da nova variante. Deste total, 14 foram diagnosticados após regressarem de Cancún. Seis são mulheres e oito homens, com idade entre 20 a 49 anos. Treze deles receberam duas doses da vacina contra Covid-19. Eles seguem em monitoramento. Outros dois identificados anteriormente estão curados.