metropoles.com

Mesmo após sanção de reajuste, DF amanhece com greve de professores

Categoria reclama da falta de aumento salarial para os educadores e pede por melhorias nas condições de trabalho em sala de aula

atualizado

Compartilhar notícia

Google News - Metrópoles
Milena Carvalho/Metrópoles
Professores - Metrópoles
1 de 1 Professores - Metrópoles - Foto: Milena Carvalho/Metrópoles

Mesmo com a assinatura da lei que garante o reajuste de 18% no salários dos servidores do Governo do Distrito Federal (GDF), os professores da rede pública iniciam, nesta quinta-feira (4/5), uma greve, sem data prevista para retomar a rotina em sala de aula.

Os docentes ameaçavam entrar em greve desde a semana passada. O reajuste de 18% anunciado pelo Executivo local para os servidores públicos foi considerado insuficiente pela categoria.

Segundo o próprio Sindicato dos Professores do DF (Sinpro-DF), mais de 60% das escolas públicas não devem abrir as portas. A categoria cobra melhores salários e reestruturação da carreira de magistério público, com incorporação de gratificação.

No DF, de acordo com dados da Secretaria de Planejamento, Orçamento e Administração (Seplad/DF), os professores da educação básica iniciam a carreira com um piso de R$ 5.497,13, para uma carga horária de 40 horas semanais — sendo que o mínimo estabelecido pelo Ministério da Educação é de R$ 4.420.

Com o reajuste de 18% sancionado na quarta-feira (3/5), o valor da remuneração inicial da carreira chegará a R$ 6.547,15 em junho de 2025 — já que a recomposição será paga em três etapas, uma a cada ano. Em junho de 2023, o salário da categoria, sem gratificações por especialização, chegará a R$ 5.826,95.

Mesmo com a garantia do aumento, após uma tentativa de negociações com o Executivo local, não houve consenso e a greve foi mantida. Segundo a vice-governadora do DF, Celina Leão (PP), qualquer acordo com os professores da rede pública só vai ocorrer se a categoria suspender a greve. “Nós estamos dando o dobro que o governo federal está dando de aumento. É um valor altíssimo e um impacto muito grande aos cofres públicos”, ponderou, em agenda na manhã da última quarta-feira.

“Respeitamos a decisão dos professores, até porque sabemos da qualidade dos docentes do DF. Mas a decisão do governo é realmente de não discutir enquanto eles estiverem em greve e abrir uma porta de negociação assim que a greve for suspensa”, completou.

Cobranças

Segundo o diretor do Sinpro Samuel Fernandes, a pauta não é apenas financeira, e a categoria cobra também melhores condição em sala de aula, contratação de professores e medidas contra violência.

“Estamos dialogando com a comunidade escolar, com os pais. Queremos o apoio dos pais. A greve não é só pauta financeira. Existem salas superlotadas, com 47 alunos, quando o ideal seria 25. No ensino fundamental, as turmas deveriam ter 18 estudantes, mas têm 30 e estão sem monitor. Queremos construção de novas escolas”, detalhou.

O sindicato não apresentou um cálculo do impacto dos pedidos. Nesta quinta, está marcada a realização de nova assembleia geral dos educadores. O objetivo será avaliar o começo da greve, a adesão real e orientar a categoria.

Compartilhar notícia

Quais assuntos você deseja receber?

sino

Parece que seu browser não está permitindo notificações. Siga os passos a baixo para habilitá-las:

1.

sino

Mais opções no Google Chrome

2.

sino

Configurações

3.

Configurações do site

4.

sino

Notificações

5.

sino

Os sites podem pedir para enviar notificações

metropoles.comDistrito Federal

Você quer ficar por dentro das notícias do Distrito Federal e receber notificações em tempo real?