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Mesmo após retorno, 70% dos empresários do DF preveem queda nos lucros

Sondagem da Fecomércio, os donos de loja consideram que o setor viverá em crise, mesmo com a volta de parte das atividades

atualizado

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Comércio fechado em Taguatinga
1 de 1 Comércio fechado em Taguatinga - Foto: Hugo Barreto/Metrópoles

Nem a data prevista de reabertura do comércio para o próximo dia 18 tem animado os empresários do Distrito Federal. Após quase dois meses de portas fechadas em função da epidemia do novo coronavírus, os donos de lojas estão pessimistas com cenário pós-retorno.

Sondagem divulgada pela Federação do Comércio, Bens, Serviços e Turismo (Fecomércio-DF), nesta terça-feira (12/05), aponta que 70,2% esperam que a faturamento caia; 12,8% disseram que vai permanecer como era antes; 12,8% afirmaram que vai aumentar; e 4,3% não souberam avaliar.

Também não há otimismo em relação ao fluxo de clientes nos estabelecimentos comerciais. Segundo a pesquisa, 42,6% temem que o movimento diminua em razão dos riscos do contato social; 40,4% avaliaram que será menor por falta de dinheiro; 6,4% disseram que vai aumentar em função da demanda reprimida; 6,4% esperam que voltará a ser como antes e 4,3% não souberam opinar.

Soluções

A Fecomércio-DF tem trabalhado no sentido de achar uma solução para evitar que o desemprego e as falências cresçam ainda mais na capital. Para levantar dados, a entidade solicitou sondagem ao Instituto Opinião Informação Estratégica, em parceria com a Sphinx Brasil. O levantamento é atualizado diariamente, por meio de questionário aplicado por telefone. Do dia 20 de abril até a última sexta-feira (8), foram ouvidos 171 empresários.

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Comerciantes estão se desfazendo dos negócios pelo prejuízo gerado por causa da inatividade
Pequenos, médios e grandes empresários falam em prejuízos e demissões provocados pelo fechamento do comércio
Shopping no DF com portas de lojas fechadas devido ao coronavírus
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Comerciantes estão pessimistas com o retorno das atividades do comércio no DF

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Comerciantes estão se desfazendo dos negócios pelo prejuízo gerado por causa da inatividade

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Pequenos, médios e grandes empresários falam em prejuízos e demissões provocados pelo fechamento do comércio

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Shopping no DF com portas de lojas fechadas devido ao coronavírus

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Mudança de comportamento

O presidente da Fecomércio-DF, Francisco Maia, acredita que o mundo empresarial não será o mesmo após a pandemia. Segundo ele, é necessário investir em inovação e criatividade a fim de manter a empresa aberta. “Ainda estamos em um cenário de dúvidas, o que não ajuda o empresário a ter uma boa perspectiva sobre o futuro. A certeza que temos é a de que o mundo inteiro passa por um novo momento e as empresas terão que se reinventar, buscando novas formas de vender”, disse. “

Segundo Maia, um protocolo de reabertura tem sido trabalhado para garantir a segurança após o retorno. “Vamos continuar aprimorando esse projeto junto ao GDF. Estamos preparados e, dentro da nossa possibilidade, vamos tentar que o comércio volte ao normal com segurança e de maneira gradual”, conclui Francisco Maia.

Recontratação

Sobre os empregos, a pesquisa mostra que 48,6% dos lojistas pretendem recontratar os funcionários, mediante aumento da demanda por produtos e serviços; 27% disseram que não vão recontratar; 21,6% afirmaram que pretendem recontratar, ainda que as vendas permaneçam estáveis, e 2,7% não souberam avaliar.

O estudo mostra ainda que 12,9% dos empresários implantaram o comércio de produtos on-line; 14,6% delivery; 15,8% adotaram a retirada no balcão; 17% já realizavam essas modalidades de venda; e 50,3% informaram que não optaram por adotar nenhuma das opções.

Depois da abertura das portas, 81,2% disseram que vão continuar com os serviços implantados. Em um questionário de múltipla escolha, o levantamento aborda, ainda, quais providências as empresas estão adotando na gestão sobre a crise: 45,6% responderam que deram antecipação de férias para parte dos empregados; 42,7% afirmaram ter reduzido a jornada de trabalho; 30,4% aderiram ao home office; 28,7% realizaram alteração em turnos de trabalho, 26,3% suspenderam temporariamente os contratos de trabalho; 21,6% deram férias coletivas e 18,1% demitiram os empregados.

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