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Mesmo após enterrarem 5 mil vítimas de Covid, coveiros do DF não são vacinados

A categoria conta com 200 trabalhadores, sendo que 36 foram contaminados. Campo da Esperança pede prioridade para imunizar grupo

atualizado

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cemiterio covas mortos covid brasilia
1 de 1 cemiterio covas mortos covid brasilia - Foto: Rafaela Felicciano/Metrópoles

Os 200 coveiros que atuam nos cemitérios do Distrito Federal estão com medo da contaminação pela Covid-19. Desde o início da pandemia, a categoria enterrou 5.227 corpos de pessoas infectadas. No entanto, essa parcela de trabalhadores não entrou na lista de prioridade que contempla profissionais do Instituto Médico Legal (IML) ou de clínicas, consultórios, laboratórios, farmácias e funerárias particulares, que começaram a receber a proteção contra a doença no fim de março.

Desde março de 2020, quando o DF registrou a primeira morte por coronavírus, até 29 de abril de 2021, a Campo da Esperança Serviços, que administra os cemitérios da cidade, realizou 18.965 sepultamentos. Desse total, 5.227 eram de vítimas suspeitas ou confirmadas do coronavírus.

Ao longo desse período, a concessionária registrou o afastamento temporário de 36 colaboradores contaminados. Entre eles, 13 coveiros e auxiliares de sepultamento, além de oito atendentes. Todos se recuperaram.

No entanto, com o aumento dos casos – o que intensifica o trabalho e o contato direto com os corpos sepultados –, os coveiros pedem a inclusão da categoria na lista de prioridade da vacinação.

O risco durante os enterros é levado a sério pelo DF, que proíbe, por exemplo, a despedida dos entes queridos que morreram em decorrência da doença. Em meio ao crescimento do número de casos confirmados e com as medidas de restrição de circulação de pessoas nas ruas, os sepultamentos tradicionais passaram a ser limitados.

Pedido

O primeiro pedido da Campo da Esperança para incluir todos os colaboradores na lista prioritária de imunização ocorreu em 29 de janeiro de 2021. Desde então, a concessionária vem seguindo as instruções da Secretaria de Justiça do DF, órgão que faz a intermediação entre a empresa e a Secretaria de Saúde.

“Em fevereiro, a Campo da Esperança foi orientada a enviar à Secretaria de Justiça uma relação com os nomes dos 200 colaboradores, o que foi feito imediatamente. Em 8 de abril, o órgão solicitou novamente a lista, dessa vez para ser enviada diretamente pela concessionária para a Secretaria de Saúde, o que também foi feito prontamente. No entanto, ao tentar fazer o agendamento da vacinação, os sepultadores constataram que não estão cadastrados no sistema do governo local”, informou a empresa ao Metrópoles.

Em nota, a Secretaria de Saúde afirmou estar “sensível ao pleito”. No entanto, pontou que “depende das doses enviadas pelo Ministério da Saúde e da orientação do órgão federal de quando terá início a vacinação deste grupo. A previsão é de que, após o término da imunização dos idosos, seja iniciada a vacinação de pacientes com comorbidades”.

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A Campo da Esperança, que administra os seis cemitérios de Brasília, mandou lista dos 200 coveiros que trabalham nos locais
Cemitério Campo da Esperança em Taguatinga
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Os coveiros pedem inclusão na prioridade da imunização contra a Covid-19

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A Campo da Esperança, que administra os seis cemitérios de Brasília, mandou lista dos 200 coveiros que trabalham nos locais

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Cemitério Campo da Esperança em Taguatinga

Gustavo Moreno/Especial Metrópoles

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