Merenda reforçada: Secretaria comprará R$ 42 mi em frangos e ovos
Pasta da Educação lançou pregão anual de compra de proteína da ave. Licitação para carne bovina será feita em outra ocasião
atualizado
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A Secretaria de Educação do Distrito Federal (SEE-DF) publicou, no Diário Oficial do Distrito Federal (DODF), a reabertura do pregão anual de registro de preços para o fornecimento de proteína para os cerca de 680 estabelecimentos da rede pública na capital.
A licitação prevê a aquisição de filés sassami (tipo de corte do peito), de coxa e sobrecoxa de frango, além de ovos. Dividida por razões de logística em oito lotes, a compra foi estimada em R$ 42 milhões para o ano letivo. Serão recebidas propostas até o dia 12 de março.
A compra de proteína de bois e vacas será feita em outra licitação. Conforme o Metrópoles noticiou, há anos falta carne bovina na merenda das escolas públicas do DF.
Os números mostram que frango e ovo terão presença reforçada no cardápio em 2020. No ano passado, a Secretaria de Educação tinha pedido 3 milhões de unidades, para um valor total de cerca de R$ 24 milhões.
Este ano, a fatura será maior, em razão do volume superior em 50%. Também pesou o preço unitário de todos os itens, que sofreu alta acentuada. Na licitação, o valor da dúzia de ovos passa de R$ 4,00 a R$ 5,60, uma alta de 40% em 12 meses.
O filé de peito de frango também passa por reajuste no pregão, após um ano no qual a Secretaria de Educação teve dificuldade em encontrar fornecedor.
Ninguém se apresentou, no início de 2019, para cobrir a oferta de R$ 8,97 o kilo. Com o passar dos meses sem proteína, escolas chegaram a liberar alunos para almoçar em suas casas.
No fim do ano passado, houve também problemas com as almôndegas, que tiveram que ser recolhidas por alto teor de gordura.
Procurada para comentar o assunto, a Secretaria de Educação informou que promoverá, na próxima sexta-feira (06/03/2020), audiência pública para discutir o novo modelo de gestão da alimentação escolar.
“Enquanto a implementação do novo sistema não ocorre, o serviço aos estudantes segue sendo prestado normalmente pela SEE-DF, pelo atual modelo, o que inclui a aquisição de gêneros alimentícios pela pasta por meio de processos licitatórios”, afirmou a secretaria.