Menino perde parte do dedo em academia de praça no DF: “Muito sangue”
Kauan Eduardo Alves, 12 anos, brincava quando um equipamento prendeu o dedo anelar direito dele. “Fiquei desesperada”, confessa a mãe
atualizado
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Um menino de 12 anos teve parte do dedo médio direito arrancado após sofrer um acidente em um equipamento de uma academia comunitária em Planaltina (DF). O caso aconteceu na noite dessa quarta-feira (2/10).
Ao Metrópoles a mãe do garoto, Weslaine Alves, 33 anos, relembra o ocorrido com o filho, Kauan Eduardo Alves. “Visitamos essa academia pela primeira vez. Ele me pediu para levá-lo, porque ele vê as fotos pelas redes sociais e fica empolgado. Então, decidimos ir para conhecer”, conta.
Weslaine, então, deixou Kauan brincar com outras crianças e ficou observando de longe. “De repente, ele gritou. Quando eu cheguei perto, vi que ele prendeu o dedo numa espécie de disco. É um equipamento de puxar e soltar. Na hora em que ele foi soltar, travou e prendeu o dedo dele. Fiquei desesperada”, confessa.
“Meu filho perdeu muito sangue, a mão dele ficou preta. Fomos correndo para o hospital, ele chegou lá suando muito, com tonturas, quase desmaiando.”
Kauan foi levado pela mãe ao Hospital Regional de Planaltina (HRP). Ela conta que a situação impressionou até os profissionais da unidade. “Os próprios médicos ficaram desesperados e já trataram de sedá-lo. Eles fizeram um curativo no dedo e pediram para que a gente retorne na próxima segunda-feira (7/10)”, explica Weslaine.
“O machucado foi bem feio, viu. Acho que nós demos sorte, meu filho podia ter perdido o dedo inteiro. Fora que ele ainda corre risco de amputação, segundo os médicos. Vamos ter que cuidar muito bem para não infeccionar.”
O garoto recebeu alta do HRP nesta quinta-feira, por volta das 15h. Porém, à noite, ele voltou a se queixar de dores. “Agora, às 20h, ele disse que o dedo está latejando. Não sei o que fazer”, lamenta a mãe.
Além da dor, Kauan está com dificuldades para fazer tarefas básicas. “Ele faz tudo com a mão direita, que é a do dedo machucado. Estou tendo que dar comida na boca dele”, conta Weslaine. O garoto recebeu atestado médico de 30 dias e ficará esse tempo longe da escola.
Os médicos recomendaram três remédios para Kauan: cefalexina 500mg; dipirona 500g; e ibuprofeno 600mg. Weslaine está com dificuldades de encontrar alguns deles nas unidades básicas de saúde (UBS) e pede ajuda com doações dos medicamentos. A quem puder doar, basta entrar em contato com a mãe do garoto pelo telefone: (61) 99400-9392.
Após a publicação da matéria, um dos responsáveis pela Academia Comunitária de Planaltina, Fabiano Carvalho, informou que há placas espalhadas pelo espaço informando que crianças e adolescentes devem ficar em uma área de lazer da praça. “Há um parque de lazer para eles, com pingue-pongue, tudo”.
O gestor explicou também que os pais são responsáveis pelas crianças e adolescentes, e que as placas também indicam essa informação. Ainda de acordo com Fabiano, as câmeras de segurança flagraram o momento do acidente. “A mãe estava longe do filho”, afirmou.