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Menino morto após apanhar do padrasto sofreu traumatismo craniano

Lesões encontradas no corpo da criança reforçam segunda versão contada pelo padrasto, quando confessou que o enteado bateu a cabeça em quina

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O menino de 3 anos morto após apanhar do padrasto sofreu um traumatismo craniano na parte frontal direita do rosto. O Metrópoles apurou que o Instituto Médico Legal (IML) identificou que a criança também teve uma congestão cerebral provocada por um edema.

Padrasto mata enteado de 3 anos após menino chorar por saudades da mãe

Os tipos das lesões reforçam a segunda versão contada pelo padrasto, quando confessou que o menino bateu a cabeça em uma quina no momento em que apanhava.

O lado esquerdo do rosto da vítima apresentava marcas compatíveis com o formato de uma mão, segundo a reportagem apurou, o que sugere que ele teria sido agredido com tapas. Além disso, o cérebro da criança apresentou aumento de tamanho devido à lesão na cabeça.

Nessa terça-feira (8/11), o padrasto da criança, um jovem de 24 anos, ligou para o Serviço de Atendimento Móvel de Urgência (Samu) e relatou que o enteado havia caído de bicicleta e batido a cabeça no chão.

O garoto foi atendido e levado para o Hospital Regional de Ceilândia (HRC), em parada cardiorrespiratória. A morte foi confirmada pouco depois.

Como as lesões identificadas pelas equipes de saúde eram incompatíveis com a versão do padrasto, os médicos acionaram a Polícia Civil, e o suspeito confessou o crime.

O padrasto alegou que não tinha intenção de matar o menino e que queria “corrigir” o comportamento da criança, após uma “birra” devido à ausência da mãe.

Em depoimento, a mãe do menino contou que havia saído para trabalhar em Taguatinga quando recebeu ligação do companheiro. Ele deu a ela a mesma versão sobre a queda de bicicleta.

A mãe da criança voltou para casa imediatamente e, depois, recebeu a notícia da morte do filho.

“Ela disse que o companheiro nunca tinha agredido a criança antes e que nunca soube que o menino tinha sofrido outras lesões”, detalhou o delegado Vítor de Mello, que autuou o suspeito em flagrante.

A mãe foi liberada pela polícia após prestar depoimento, e o padrasto deve responder por homicídio qualificado, por impossibilitar a defesa da vítima e devido ao motivo fútil.

Histórico de agressões

Investigadores da 19ª Delegacia de Polícia (Ceilândia) afirmaram que a criança chegou a dar entrada em várias unidades de saúde do Distrito Federal, com lesões nas pernas e nos braços.

A Polícia Civil do Distrito Federal (PCDF) informou que o Conselho Tutelar de Águas Lindas (GO) havia sido acionado por médicos em janeiro de 2021, mas não conseguiu acompanhar a criança, pois a família se mudou para o Sol Nascente posteriormente. Não houve registro de ocorrência referente às agressões.

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