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Menino de 2 anos não queria que ninguém chegasse perto dos pais mortos

O garotinho viu o momento em que o piloto do Metrô-DF atirou na mulher e se matou. Crime ocorreu em Ceilândia, nesta sexta-feira (16/3)

atualizado

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Igo Estrela/Especial para o Metrópoles
Crime em Ceilândia 4
1 de 1 Crime em Ceilândia 4 - Foto: Igo Estrela/Especial para o Metrópoles

Uma vizinha de Mary Stella Maris Gomes Rodrigues dos Santos, 32 anos, foi uma das últimas pessoas a vê-la com vida. Ela diz que, na tarde desta sexta-feira (16/3), em meio a uma violenta discussão entre marido e mulher, testemunhou o momento no qual a vítima saiu da casa, em direção ao portão, e pediu ajuda dos vizinhos.

“Ela gritou: ‘Socorro, chamem a polícia, porque ele está armado!'”, relatou a moça, sem querer se identificar. Mary tentava escapar do piloto do Metrô-DF Júlio César dos Santos, 38. Depois de matar a mulher a tiros de revólver calibre .38, ele se suicidou na frente do filho caçula, de 2 anos.

Ao ver os pais caídos, mortos, o menino não queria que ninguém chegasse perto. “Só dizia ‘papai e mamãe’. Depois que o levamos para dentro da minha casa, não quis mais sair”, disse. O casal deixa outro filho, mais velho, que estava na escola na tarde desta sexta.

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Júlio César trabalhava desde 2010 no Metrô-DF
Corpos ficaram caídos próximo ao portão da residência do casal
Movimentação no local do crime, em Ceilândia
Polícias Civil e Militar estão no local do crime
Arma usada no crime
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Mary Stella tentou escapar do seu algoz, o ex-companheiro

Reprodução/Facebook
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Júlio César trabalhava desde 2010 no Metrô-DF

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Corpos ficaram caídos próximo ao portão da residência do casal

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Movimentação no local do crime, em Ceilândia

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Polícias Civil e Militar estão no local do crime

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Arma usada no crime

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De acordo com as testemunhas, Mary e Júlio César viviam uma relação conturbada e estariam, inclusive, em processo de separação. O principal motivo das brigas constantes e violentas seria o fato de o servidor do Metrô ter casos extraconjugais e sair para bares.

Nesta sexta, durante mais uma discussão, os vizinhos viram o momento em que Júlio César, com o bebê no colo, tentava forçar a porta para alcançar a mulher. Quando ela conseguiu escapar e correu em direção ao portão, foi atingida pelos disparos antes que as testemunhas conseguissem chamar pelo socorro. A um amigo, no dia anterior, o homem disse que pensava em fazer “uma besteira”.

Caso semelhante
Este é o segundo caso de feminicídio no Distrito Federal em 10 dias. No dia 6 de março, o vigilante Elson Martins da Silva, 39 anos, matou a tiros a esposa, a servidora pública Romilda Souza, 40. A execução ocorreu no apartamento da família, na 406 Sul. Os dois filhos do casal estavam na sala no momento em que o pai assassinou a mãe.

Quando os bombeiros chegaram ao local, a mulher já havia morrido, mas o homem ainda respirava. Os militares tentaram reanimá-lo, mas ele não resistiu. Conforme informações da Polícia Militar, a arma foi apreendida no local. Ao todo, foram ouvidos cinco disparos.

Os dois filhos, de 3 e 4 anos, estavam na casa. Romilda era funcionária do Serviço Brasileiro de Apoio às Micro e Pequenas Empresas (Sebrae). Elson, ex-vigilante, trabalhava na lotérica que tinha com a esposa, no Paranoá. A 23ª Delegacia de Polícia (Ceilândia Sul) investiga o caso.

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