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Menino corre risco de morrer com plano de saúde “capenga” do Exército

Segundo a família, o plano de saúde do Exército se nega a oferecer tratamento correto ao adolescente diagnosticado com hidrocefalia severa

atualizado

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1 de 1 Jovem PCD - Metrópoles - Foto: Material cedido ao Metrópoles

Uma família acusa o Exército Brasileiro de não fornecer tratamento adequado de saúde ao adolescente Júlhius Simon de Carvalho (foto em destaque), de 16 anos. O garoto é filho do militar reformado da Força Celso Pires de Carvalho, 58. Diagnosticado com hidrocefalia severa e diversas condições graves, o jovem precisa de suporte médico intensivo para sobreviver. O plano de saúde militar oferece homecare, mas, segundo os parentes, é “capenga”, pois o tratamento oferecido é incompleto, sem o suporte de neurologista, pneumologista, gastroenterologista e outros especialistas.

Veja:

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De acordo com a família, sem o cuidado completo, o jovem corre risco de vida
O Exército nega a falta de atendimento
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Segundo a família, Júlhius precisa de especialistas para ter o atendimento correto, mas o plano de saúde do Exército se nega a garantir o assistência

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De acordo com a família, sem o cuidado completo, o jovem corre risco de vida

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O Exército nega a falta de atendimento

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“Meu filho precisa dos médicos especialistas para mantê-lo vivo, para ele parar de sofrer”, afirmou Celso, que é primeiro-sargento. Além da hidrocefalia, Júlhius tem epilepsia, alterações congênitas na bexiga, asma, pneumonias respiratórias e pé torto congênito. A família vive no Distrito Federal e solicitou o tratamento completo para o plano de saúde do Exército, o Fusex, mas não foi atendida. Como resultado, o quadro de saúde do jovem começou a ficar instável. Além de sofrer crises, com convulsões, o adolescente começou a apresentar sangramento pela traqueostomia.

Segundo Celso, em 7 de junho de 2024, Júlhius enfrentou uma crise severa, sofrendo hipotermia. De acordo com o militar, o adolescente depende de tratamento com canabidiol, medicamento derivado da maconha, por exemplo. Contudo, sem um neurologista, a aplicação do medicamento fica em xeque. “Mas o plano de saúde do Exército não quer saber. Parece que quer que meu filho morra”, assinalou.

Acompanhe:

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Júlhius sofre com sangramentos na traqueostomia
As cenas fragilizam a família do rapaz
Em alguns casos, logo após a limpeza, o jovem volta a sofrer sangramentos
A família batalha por um tratamento melhor para o jovem PCD
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Júlhius sofre com sangramentos na traqueostomia

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A família batalha por um tratamento melhor para o jovem PCD

De acordo com a família, o jovem tem acesso apenas a uma equipe de suporte multidisciplinar. “Mas isso não basta para a saúde do meu filho. Ele precisa dos médicos especialistas, como o neurologista para regular a medicação neurológica, o pneumologista para o pulmão. O abdômen do Júlhius está inchado. Deveria ter um gastroenterologista. Não tem. Já mandei dezenas de e-mails para o Exército, mas não adianta”, desabafou.

PCD

Para Gregory Brito Rodrigues, advogado representante da família de Júlhius, o jovem é um paciente diagnosticado como pessoa com deficiência (PCD). Por isso, deveria ter prioridade no atendimento. “E ele tem condições mais especiais que demandam tratamentos especiais de maior complexidade. O tratamento de homecare deve ser acompanhado por diversas especialidades médicas. E, infelizmente, não estão sendo assistidas”, comentou.

De acordo com o advogado, o Exército está negligenciando a situação emergencial e de deficiência de Júlhius. “Ele começa a correr risco diário. A condição dela se fragiliza e os pais ficam em desespero”, alertou.

O Fusex não é gratuito. É um plano de coparticipação. Em resumo, o militar paga uma mensalidade e, além disso, 20% de cada procedimento solicitado, com desconto em folha, limitado a 10% do soldo. “E hoje isso representa uma grande perda no contracheque dos militares. Muitos estão endividados”, explicou.

Outro lado

Em nota, o Exercito negou a desassistência para Júlhius. Leia abaixo, na íntegra:

“O paciente Júlhius Simon de Carvalho, hoje com 16 (desesseis) anos, tem assistência de internação domiciliar (Home Care) 24 horas, integralmente sob os cuidados de equipe multidisciplinar (Enfermeira, Fisioterapeuta, Fonoaudiólogo, Médico, Nutricionista e Terapeuta Ocupacional), disponibilidade de medicamentos e equipamentos médicos desde 26 de outubro de 2010 (à época, criança com dois anos de idade).

O caso em questão possui ordem judicial datada de 15 de agosto de 2013, de onde vêm sendo plenamente cumpridas todas as determinações emitidas pelo magistrado que a emitiu.

É importante registrar que faz parte do quadro clínico do paciente a ocorrência de espasmos musculares, o que já foi explicado diversas vezes aos pais do paciente. As dosagens das medicações foram otimizadas a um limite máximo que não deve ser ultrapassado, sob risco de provocar sedação profunda e parada respiratória.

O Sistema de Saúde do Exército realiza ações de governança e gestão junto ao orçamento disponível visando o aprimoramento constante do atendimento aos usuários”.

 

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